Ucrânia: Enviado do Papa encontrou-se com responsáveis católicos em Lviv

Arcebispos tiveram oportunidade de conversar com Francisco sobre impacto da guerra

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 09 mar 2022 (Ecclesia) – O cardeal Konrad Krajewski, esmoler pontifício e enviado do Papa à Ucrânia, encontrou-se hoje em Lviv com dois arcebispos da Igreja Católica, levando a solidariedade de Francisco.

O responsável da Santa Sé esteve com D. Sviatoslav Shevchuk, metropolita da Igreja Greco-Católica Ucraniana (IGCU) e arcebispo maior de Kiev, e com D. Mieczyslaw Mokrzycki, arcebispo de Lviv (de rito latino), informa o Departamento de Informação da IGCU.

Durante o encontro, o cardeal Krajewski, D. Sviatoslav Shevchuk e D. Mieczyslaw Mokrzycki “tiveram a oportunidade de comunicar diretamente com o Papa Francisco”, acrescenta a nota, divulgada online.

O enviado pontifício informou Francisco sobre o desenrolar da visita, em particular “o que viu no território da Polónia”, onde esteve antes de chegar à Ucrânia, junto dos refugiados.

No último domingo, o Papa disse desde o Vaticano que a Santa Sé estava “disposta a fazer tudo para se colocar ao serviço da paz”, anunciando que dois cardeais partiriam rumo à Ucrânia, “para servir o povo, para ajudar”.

“O cardeal Krajewski, esmoler, para levar ajuda aos necessitados, e o cardeal Czerny, prefeito interino do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral. A presença dos dois cardeais, lá, é a presença não só do Papa, mas de todo o povo cristão que se quer aproximar e dizer: ‘A guerra é uma loucura! Parai, por favor! Olhai para esta crueldade!’”, precisou.

O cardeal Krajewski manifestou a intenção de visitar centros de serviços sociais na Ucrânia, ao encontro de refugiados e das vítimas da guerra.

O esmoler pontifício leva “o abraço do Papa àqueles que deixaram as suas casas”, indica o portal ‘Vatican News’, destacando que a Igreja Católica e as organizações humanitárias foram mobilizadas para responder à crise humana na região.

O padre Pavlo Vyshkovkyi, pároco da Igreja de São Nicolau, em Kiev, relata os esforços que muitos dos fiéis e voluntários fazem para ajudar as pessoas em dificuldade, falando num “pesadelo”.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 2,2 milhões de refugiados, desde o início da invasão russa, avançou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Foto: Vatican Media

Na Hungria, o cardeal Michael Czerny apelou ao acolhimento “permanente e não só de emergência” destas populações, falando após uma reunião com o vice-primeiro-ministro Zsolt Semjen.

O colaborador do Papa chegou esta tarde à Ucrânia, atravessando a fronteira na região da Transcarpátia, e vai encontrar-se com um grupo de refugiados apoiadas pela comunidade greco-católica, num internato.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou milhares de mortes, entre militares e civis, além de elevados danos materiais.

OC

 

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