Vaticano destaca nove anos de pontificado marcados por mensagens de paz
Cidade do Vaticano, 12 mar 2022 (Ecclesia) – O Papa lançou hoje um novo apelo à paz na Ucrânia, apelando ao fim da guerra e à proteção dos menores que são vítimas do conflito.
“Jamais a guerra! Pensem sobretudo nas crianças, às quais se tira a esperança de uma vida digna: crianças mortas, feridas, órfãs; crianças que têm como brinquedos resíduos bélicos. Em nome de Deus, parem!”, escreveu Francisco, no Twitter, numa publicação acompanhada pelos hashtags #RezemosJuntos #Ucrânia #Paz.
O Papa reforçou na rede social o apelo à oração pela paz que tinha deixado, esta tarde, na celebração dos 400 anos da canonização de Santo Inácio de Loiola, fundador da Companhia de Jesus (Jesuítas), em Roma.
“Se a oração é viva, ‘mexe dentro’, provoca-nos continuamente para nos deixarmos inquietar pelo grito sofredor do mundo. Perguntemo-nos como estamos a levar à oração a guerra em curso”, questionou.
As mensagens surgem no dia em que o Vaticano publicou uma entrevista do Secretário de Estado do Papa, o cardeal Pietro Parolin, em que defende um cessar-fogo imediato e renova a disponibilidade da Santa Sé para mediar negociações entre a Ucrânia e a Rússia.
Francisco enviou esta semana dois cardeais à Ucrânia para oferecer assistência à população e aos deslocados: D. Konrad Krajewski, esmoler pontifício, e D. Michael Czerny, presidente interino do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que já regressou a Roma.
Em editorial, o portal de notícias do Vaticano destaca hoje os nove anos de pontificado de Francisco, eleito a 13 de março de 2013, marcados por mensagens de paz.
“Dos escombros de Mossul aos da Ucrânia, uma voz de paz e esperança”, refere o texto sobre o Papa, falando num “aniversário dramaticamente marcado pelo horror da guerra no coração da Europa”.
A nota evoca a visita de Francisco ao Iraque, em março de 2021, como a “mais importante e corajosa viagem apostólica do seu pontificado”.
“Um ano depois, mais uma vez, as trágicas consequências da guerra na Ucrânia, hipocritamente chamada de ‘operação militar especial’, estão diante dos olhos do mundo, com o seu fardo de dor, sofrimento, corpos inocentes despedaçados, crianças mortas, famílias separadas, milhões de refugiados forçados a deixar tudo para trás para escapar das bombas, cidades transformadas em campos de batalha, casas depredadas e queimadas”, pode ler-se.
OC
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