Ucrânia: Diocese do Porto organiza programa de acolhimento de refugiados, abrindo portas do Seminário do Bom Pastor

D. Manuel Linda desafia paróquias e sociedade civil a mobilizar-se em defesa das vítimas da guerra

Porto, 08 mar 2022 (Ecclesia) – A Diocese do Porto está a organizar um programa de acolhimento de refugiados vindos da Ucrânia, em fuga da guerra, abrindo as portas do Seminário do Bom Pastor.

“A Diocese do Porto e as suas instituições estão a organizar um programa de acolhimento, mormente para crianças que –imagina-se- vão chegar em grande número. Assim, o pavilhão do Seminário do Bom Pastor que, ao longo de quase dois anos, foi oferecido para hospital na luta contra a Covid-19 será mantido de reserva para acolhimento de refugiados”, anunciou D. Manuel Linda, bispo local.

A estrutura hospitalar, montada durante a pandemia, está a ser desmontada pela Proteção Civil.

“A Cáritas e os Colégios Diocesanos darão o apoio que lhe é específico, mormente proporcionando às crianças a aprendizagem da língua portuguesa e o prosseguimento de estudos”, indica o bispo do Porto.

D. Manuel Linda incentiva as paróquias, demais organismos eclesiais e toda a sociedade civil a programar “formas de acolhimento destes refugiados e da sua inserção na vida ativa”.

“Apela-se à generosidade financeira. E, aos cristãos, pede-se uma especial oração pela paz na Ucrânia”, acrescenta, em nota divulgada online.

O responsável católico elogia os “notáveis” gestos de generosidade e a colaboração que pessoas e comunidades têm demonstrado para com as vítimas da guerra da Ucrânia.

“As paróquias e outras instituições da Igreja encontram-se na primeira linha dessa tentativa de minimizar os sofrimentos dos inocentes. Quero felicitar a todas, pois demonstram que a amizade cívica e a caridade cristã estão bem impregnadas na nossa sociedade”, escreve D. Manuel Linda.

O bispo do Porto precisa que a diocese tem estado em contacto com a Igreja greco-católica “desde o princípio do conflito”.

“Ninguém sabe como este vai evoluir. Mas conhecem-se bem os efeitos mais visíveis: uma enorme quantidade de refugiados cujo número aumentará muitas vezes”, adverte.

O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, admite que o número de refugiados da guerra na Ucrânia, após a invasão russa de 24 de fevereiro, ultrapasse os 2 milhões de pessoas entre hoje e quarta-feira.

OC

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Agência ECCLESIA

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