Dia da Mulher: Irmã Nathalie Becquart reconhece «força motriz» das mulheres na reflexão sinodal

Subsecretária do Sínodo dos Bispos fala em caminho de maior «participação», envolvimento e responsabilidade feminina na «tomada de decisão» na Igreja

Cidade do Vaticano, 08 mar 2022 (Ecclesia) – A irmã Nathalie Becquart, subsecretária do Sínodo dos Bispos, quis hoje agradecer o envolvimento das mulheres no processo sinodal, a decorrer na Igreja, afirmando serem elas “muitas vezes a força motriz” por detrás do desejo de «caminhar juntos»”.

“As mulheres estão particularmente envolvidas neste processo sinodal, muitas vezes são a força motriz por trás da sinodalidade e têm um grande desejo de “caminhar juntas”. Neste 8 de março queremos agradecer por todo o seu empenho ao serviço da sinodalidade e agradecer calorosamente a todos aqueles que, nas Igrejas locais e nas comissões sinodais, se empenham com coração e competência para ajudar a Igreja a viver esta conversão sinodal à qual Deus nos chama”, escreveu a religiosa xaveriana, num texto publicado na página do Sínodo dos Bispos.

Celebra-se hoje o Dia Internacional da Mulher, instituído em 1975, pelas Nações Unidas.

A responsável recorda que os Sinodos dos bispos anteriores, em 2018 e 2019, quiseram dar “mais espaço de participação às mulheres na Igreja”, bem como “envolvê-las nas tomadas de decisão dos processos, dando-lhes mais responsabilidades”.

“Esta é também a perspetiva por trás da recente instituição do ministério leigo de catequista e a abertura de acesso aos ministérios instituídos de leitorado e acólito às mulheres”, sublinha.

Na reflexão proposta para a consulta sinodal, como sublinha a irmã Nathalie Becquart, encontram-se perguntas sobre a escuta e o lugar das “minorias, dos marginalizados”.

“Entre os 10 temas propostos à consulta sinodal no n.º 2, sobre a «Escuta» encontram-se estas perguntas: «A quem a nossa Igreja particular tem ‘falta de escuta’? Como são ouvidos os leigos, especialmente os jovens e as mulheres? Como integramos a contribuição dos consagrados e consagradas? Qual é o lugar da voz das minorias, dos marginalizados e dos excluídos?», sublinha.

A religiosa entende o processo sinodal como uma “oportunidade maravilhosa” para se ouvirem as vozes das mulheres, e “levar a sua experiência, sensibilidade e reflexão ao discernimento da Igreja”.

LS

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