Cardeal-patriarca fala em «solidariedade total» com o povo ucraniano
Lisboa, 24 fev 2022 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa apelou hoje à “salvaguarda” das populações na Ucrânia, falando num “primeiríssimo valor que não pode estar em causa” no atual cenário de guerra.
“As pessoas têm de ser defendidas, na sua dignidade, na sua vida e convivência, populações civis, também os militares. Que pare a guerra para que as pessoas se entendam e se salvaguarde a vida de cada um”, apelou D. Manuel Clemente, em declarações à Agência ECCLESIA.
O responsável católico manifestou “solidariedade total” ao povo ucraniano, em termos espirituais e de oração, “com atenção a tudo o que puder servir para repor a paz”.
“Desejo que a paz se reponha o mais rapidamente possível, que a guerra termine, que haja lugar para o que se tiver de conversar, mas com um entendimento onde toda a gente possa viver e sobreviver”, acrescentou.
O cardeal português manifestou esperança de que as partes em conflito “parem as armas e comecem a conversa que ainda não foi devidamente travada, com espírito aberto, para resolver os problemas”.
D. Manuel Clemente deixou ainda uma palavra à comunidade ucraniana, em Portugal, preocupada com os seus familiares e amigos.
“Queremos estar com eles”, concluiu, sublinhando a abertura do país para receber eventuais refugiados deste conflito.
A Rússia invadiu a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira, alegando a necessidade de proteger os habitantes das províncias separatistas ucranianas, que reconheceu como independentes.
ONU, NATO, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, entre outros, condenaram a decisão russa.
Em Portugal, o presidente da República, em consonância com o Governo, condenou “veementemente a flagrante violação do Direito Internacional pela Federação Russa” e apoiou a declaração do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “expressando total solidariedade com o Estado e o Povo da Ucrânia”.
Já o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, apelou ao regresso das negociações entre todas as partes.
HM/OC
Portugal: Conferência Episcopal manifesta solidariedade à Ucrânia (c/vídeo)