Ucrânia: Bombardeamentos atingem igrejas e mesquitas

Responsáveis religiosos reforçam apelos à paz

Lisboa, 03 mar 2022 (Ecclesia) – Os bombardeamentos russos sobre a Ucrânia provocaram danos em várias igrejas e mesquitas, denunciaram os líderes religiosos locais, que reforçaram os seus apelos à paz.

Em Kharkiv, segunda cidade do país, as explosões atingiram igrejas católicas e ortodoxas, sem provocar feridos entre a população que se encontrava escondida nos templos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, aludiu em particular ao ataque contra a Catedral da Assunção em Kharkiv.

“Restauraremos a catedral, para que nenhum vestígio de guerra ali permaneça. E mesmo se destruírem todas as nossas catedrais e igrejas ucranianas, não destruirão a nossa fé sincera na Ucrânia e em Deus”, declarou.

Em Roma, o cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais (Santa Sé) deslocou-se esta quarta-feira para visitar a comunidade greco-católica em Roma, levando a solidariedade do Papa.

“Temos no coração a grande e indescritível dor de mães, pais, soldados e crianças em fuga. Não temos palavras. Não temos mísseis, não temos armas, não temos tanques, não temos força de violência que queira prevalecer a qualquer custo”, referiu, convidando os presentes à oração.

O presidente da Conferência Episcopal Polaca, D. Stanislaw Gondetski, escreveu ao patriarca ortodoxo de Moscovo, Cirilo, para pedir-lhe que interceda junto de Vladimir Putin, procurando que o presidente russo “pare a luta sem sentido contra o povo ucraniano, em que pessoas inocentes estão a morrer”.

Um conjunto de sacerdotes e diáconos da Igreja Ortodoxa na Rússia lançou uma condenação pública da guerra “fratricida” na Ucrânia.

Os mais de 200 signatários pedem um cessar-fogo imediato, num apelo que foi divulgado pelo portal de notícias Vatican News.

OC

 

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