«É mudar um bocado o pensamento de economia e gestão ser só dinheiro», afirmou Rodrigo Capinha
Lisboa, 03 set 2020 (Ecclesia) – A Católica Lisbon School of Business & Economics, da Universidade Católica Portuguesa, envolveu 200 alunos das licenciaturas de Economia e Gestão numa praxe solidária na sede do Banco Alimentar Contra a Fome (BA), esta quarta-feira, em Lisboa.
“É mudar um bocado o pensamento de economia e gestão ser só dinheiro, dinheiro, e riqueza e pensar num lado mais solidário”, disse Rodrigo Capinha, que já tem experiência de voluntariado no BA, em declarações à Agência ECCLESIA.
Catarina Lopes, estudante natural do Porto que chegou no dia anterior a Lisboa e ainda está a adaptar-se, realçou que ser voluntário no Banco Alimentar Contra a Fome “é muito bom” e estava a achar a praxe “mesmo engraçado”.
“No mundo que nos rodeia hoje é preciso ter sempre este lado mais bondoso da humanidade e, agora, com o coronavírus e com esta pandemia é mesmo preciso ter este lado e este gosto por ajudar o próximo”, desenvolveu.
O diretor de Marketing da Católica Lisbon explicou que os 200 dos caloiros dos cursos de gestão e economia forma divididos em equipas de dez elementos, “com as devidas distâncias sociais e com máscaras”, e ajudaram o BA na “rotulagem de alimentos, até embalagem de alimentos, ver as datas de validade”.
“É uma forma da Católica Lisbon, de alguma maneira, fomentar o trabalho de equipa dos nossos caloiros, ajudá-los a conhecer entre eles e também fomentar o gosto pelo voluntariado, por ajudarem o próximo, e terem impacto na sociedade”, desenvolveu Diogo Lopes Pereira.
“Não estava à espera, mas acho que é uma boa ideia”, afirmou João Gonçalves sobre a iniciativa “um pouco surpreendente”.
“É sempre importante ajudar os que têm menos e os mais pobres e se puder fazer algo para ajudá-los, vou fazer”, acrescentou o futuro estudante de Gestão.
Segundo o diretor de Marketing da Católica Lisbon “o desafio e uma das preocupações” da instituição da Universidade Católica Portuguesa é de “criar os futuros gestores e economistas uma perspetiva de seres humanos completos”.
“Como é lógico tentar terem o máximo de contributo para a sociedade, para as empresas onde trabalham, tentar maximizar o lucro, otimizando os recursos, mas terem esta perspetiva humana de ajudar a sociedade, de dar de volta aquilo que se constrói e serem seres humanos o mais completos possível, na vertente profissional, racional, mas também na vertente humana, emocional, de fazerem bem à sociedade”, acrescentou Diogo Lopes Pereira.
Para Sofia a praxe solidária no Banco Alimentar Contra a Fome “é toda uma experiência nova” e afirma que se é preciso “pensar sempre em todos”.
“Não podemos ser egoístas. Quando entrar no mundo do trabalho penso fazer algo que seja importante para a sociedade no geral e não algo muito pessoal”, revelou em declarações à Agência ECCLESIA.
A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome explicou que as praxes solidárias “pretendem levar a cultura do voluntariado aos novos alunos”, como aos antigos alunos, porque entendem que o voluntariado é cidadania e “bons cidadãos fazem boas sociedades”.
“Os jovens são extraordinários e sem jovens e sem esta força, esta animação e alegria, não podia ter sequer havido esta obra que hoje são 21 bancos alimentares que ajudam a alimentar 440 mil pessoas. Os jovens têm vindo a ter maior sensibilidade para os temas ligados à comunidade mas tb sobretudo ao voluntariado e à possibilidade de eles próprios intervirem”, desenvolveu Isabel Jonet.
Esta foi a 12.ª edição do Dia Solidário da CATÓLICA-LISBON que, para além dos novos alunos, envolve também vários colaboradores da Universidade Católica Portuguesa.
Criada em 1972, a Católica Lisbon School of Business & Economics está classificada como a 32ª melhor Business School da Europa, segundo o ranking do Financial Times; Em 2019, a Fundação para a Ciência e Tecnologia classificou-a como o melhor centro de investigação na área da Gestão em Portugal.
HM/CB/PR