Feira do Livro: Difusora Bíblica quer levar «a Bíblia para a rua» e afirmar a sua importância cultural

Editora está a celebrar 65 anos e é uma das participantes na 90ª edição do certame

Foto: Agência ECCLESIA/HM

Lisboa, 03 set 2020 (Ecclesia) – O frei Luís Leitão disse em declarações à Agência ECCLESIA que um dos objetivos da presença da Difusora Bíblica na 90ª edição da Feira do Livro de Lisboa é promover a cultura bíblica e levar “a Bíblia para a rua”.

“A Bíblia é fundamental, mais que não seja como livro de cultura, para nos entendermos também neste espaço europeu”, indicou o frade menor capuchinho.

A celebrar 65 anos de história da Difusora Bíblica, os frades capuchinhos apostam na divulgação e formação de um conteúdos, “com mais de dois mil anos de história”, que, assume, “não será de fácil entendimento, mas essencial”.

“Há dias passou aqui um jovem, olhou a Bíblia e perguntou o que era. É inconcebível que um jovem, a frequentar o secundário pela idade que tinha, se questione o que é a Bíblia. Pode não conhecê-lo como um livro de fé, mas como cultura é fundamental para entender quem somos e a cultura que temos”, sublinhou.

O religioso lamenta que a “ignorância bíblica” se estenda a “frequentadores da Igreja”.

“A Difusora Bíblica faz a sua parte: dispormos o texto essencial e uma série de outros livros de apoio, cadernos bíblicos, outros conteúdos que ajudam a compreender porque não será um livro fácil de entender, escrito há mais de dois mil anos, mas material não falta. Haja vontade”, indica.

A Difusora Bíblica retoma este ano a sua participação independente nos encontros livreiros que acontecem anualmente, uma presença interrompida em 2005 e retomada, dois anos depois, em conjunto com outras editoras.

“Este ano achámos que seria de marcar a nossa presença com pavilhão próprio”, sublinha o frei Luís Leitão, evidenciando o aniversário da editora e uma presença evangelizadora.

“O essencial é dizer que estamos, trazer a Bíblia para a rua porque é importante, também nestes tempos em que vivemos, trazê-la à rua e dizer que pode dar ânimo e iluminar os nossos caminhos”, traduz.

A novidade, indica, é propor o texto bíblico e disponibilizar cadernos que possam “ajudar quem começa”, quem “procura compreender numa linguagem muito acessível, não académica, mas escrita por grandes especialistas”.

Uma edição que os frades capuchinhos procuram propor é a revista bíblica, uma “ferramenta para levar de forma mais popular, a Bíblia às camadas mais populares”.

No pavilhão D72 da Difusora Bíblica, no espaço da Feira do Livro de Lisboa, é possível encontrar o trabalho dos monges beneditinos de Singeverga, fruto de uma parceria entre religiosos.

As capas das Bíblias são “verdadeiras obras de arte”, apresenta o frade capuchinho.

“Trata-se de uma parceria entre a Difusora e os monges beneditinos de Singeverga: eles utilizam o nosso texto da Bíblia mas fazem uma capa original, por eles criada e trabalhada. Algumas são obras de arte de encadernação e acabamento o que resulta num exemplar belíssimo de uma Bíblia e com motivos diversos, quase todos símbolos bíblicos estilizados, fruto da sua criação e seu trabalho manual”, explica.

Este trabalho, conta com séculos de história, “uma encadernação típica que os monges faziam” e que procuram recriar nos dias atuais.

A 90ª edição da Feira do Livro de Lisboa acontece no espaço do Parque Eduardo VII até ao dia 13 de setembro.

HM/LS

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