UCP: Patriarca de Lisboa desafiou estudantes da Católica à construção um «novo mundo», num tempo marcado pelo «grito da violência e da guerra»

D. Rui Valério presidiu à cerimónia nacional de abertura do ano letivo 2023/2024

Foto Agência ECCLESIA/PR

Lisboa, 17 out 2023 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa e magno chanceler da Universidade Católica Portuguesa (UCP) pediu hoje aos novos diplomados da Católica para serem protagonistas de um “novo mundo”, num tempo marcado pelo “grito da guerra e da violência”.

“O mundo interior, que longo de anos foi  assimilado, cultivado e desenvolvido, não apenas nos bancos da universidade, mas na vivência de comunhão e de família, no respiro de valores que a UCP transmite, vos torne agora protagonistas de um novo mundo e de um novo tempo, que urge acontecer, sobretudo num tempo em que o som o grito da violência da guerra e da indiferença se tornam particularmente ouvidos novamente”, disse D. Rui Valério.

O patriarca de Lisboa presidiu à cerimónia nacional de abertura do ano letivo 2023/2024 e entrega de diplomas aos licenciados e mestres do último ano, assim como aos docentes com 25 e 40 anos de carreira e afirmou que a Católica é um laboratório de valores, de ética e de humanidade”.

“Aquele cidadão, aquele cientista, aquele académico, aquela pessoa que ao longo de anos foi construída na UCP com tanto valor, tanta dedicação, tanta competência, tanto sentido de seriedade e de cidadania, vos torne protagonista de um novo mundo”, sublinhou.

D. Rui Valério valorizou o “amor ao saber” cultivado na UCP e desafiou a aprofundar a curiosidade, ir mais alem, escancarar novos horizontes no conhecimento e na pesquisa”, tendo como horizonte o “encontro com o outro”.

“É dever tudo fazer para que o outro seja o destinatário da minha promoção, da minha entrega e da minha dedicação”, indicou

O magno chanceler disse que faz parte da tradição da UCP “ir do eu ao tu”, numa instituição marcada pelo “sentido do outro”

No início da sessão, a reitora da UCP referiu-se à presença do Papa na Católica, em agosto deste ano por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, afirmando que a inspiração das palavras de Francisco permitem continuar a “procurar e a arriscar”, num “espaço de formação ética e social”.

Isabel Capelo Gil repudiou o “bárbaro ataque” terrorista na Terra Santa e o “cerco em Gaza” e disse que a UCP é “um espaço seguro para todos os estudantes”, lembrando que “o caminho da paz é difícil, mas não amoral”.

“A nossa missão é formar gerações de estudantes no contributo para o bem comum”, referiu,

Na abertura da sessão de início do Ano Académico e entrega de diplomas aos licenciados e mestres do último ano letivo, a reitora da UCP reafirmou a determinação da Católica no “desenvolvimento da sociedade” e no “comprometimento com a ação da Igreja”.

Isabel Capeloa Gil referiu-se ao desenvolvimento do “Campus Veritate” da UCP, em Lisboa, cuja primeira pedra foi benzida pelo Papa Francisco, e valorizou a criação de 5 novos programas doutorais, 4 em economia e gestão e 1 em ciências médicas.

A cerimónia, com entrega de diplomas referentes ao ano 2022/2023, contou ainda com a entrega dos prémios UCP/Caixa Geral de Depósitos, por João José Guilherme, e os prémios Democracia e Desenvolvimento, por Aníbal Cavaco Silva, a estudantes da Universidade, assim como a entrega, pela primeira vez, de medalhas comemorativas de 25 e 40 anos de carreira aos docentes.

PR

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Agência ECCLESIA

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