UCP espera mais apoio do Estado

O Reitor da Universidade Católica Portuguesa revelou ontem, em Braga, que a Universidade Católica Portuguesa acabou de entregar no Ministério da Educação “as propostas de reformulação de todos os seus cursos de acordo com o modelo de Bolonha”, tornando-se, assim, “numa das primeiras universidades portuguesas a aplicar as normas da declaração de Bolonha”. Manuel Braga da Cruz falava numa cerimónia, no recuperado Campus de Camões, na cerimónia em que foi feita a entrega de diplomas aos mais de trezentos novos mestres e licenciados formados no último ano pela três faculdades de Braga da Católica. Este responsável notou que a adaptação ao modelo de Bolonha exigiu “uma reestruturação profunda de todos os cursos, no sentido de responder aos novos desafios do Ensino Superior “. O responsável máximo da instituição aproveitou também para agradecer “a confiança” que as famílias depositaram na Universidade Católica, apesar de “terem arcado com o duplo custo dos impostos e das propinas”. “Esta foi uma opção custosa, mas cheia de significado na afirmação da liberdade de ensino, que tem sido tão maltratada em Portugal e de que a Católica tem sido vítima”, frisou. Manuel Braga da Cruz considerou mesmo que “Portugal é o país da Europa onde a Universidade Católica é mais maltratada pelo Estado”, pelo que manifestou, mais uma vez, o seu desejo de “ver alterada esta situação”, no sentido de que os alunos e as famílias possam no futuro “escolher livremente as formações que desejam independentemente de serem ministradas no público ou no privado”. A cerimónia foi encerrada pelo Arcebispo D. Jorge Ortiga, que frisou que “a sociedade moderna precisa de realizadores que guiam a sociedade para um mundo mais humano”. “Que importa possuir técnicos competentes sem a paixão pelo Evangelho a colocar no coração da cultura e das instâncias laborais ou governamentais? Serão úteis à Igreja aqueles católicos sem competência e credibilidade junto das pessoas e do domínio do saber e agir humano?”, perguntou. Aos mestres e licenciados em Teologia, Filosofia e Ciências Sociais o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa referiu a especificidade da formação na universidade Católica bem como a responsabilidade daqueles cristãos que a frequentam têm para com a sociedade. “A sociedade moderna não necessita somente de pessoas competentes na dimensão científica, técnica e económica, elaborando um esquema mental de tipo mais ou menos liberal, socialista ou capitalista. Importa poder contar com realizadores que guiam a sociedade para um mundo mais humano (homo faber, homo sapiens, homo ludens, homo religiosus)”, afirmou. O Arcebispo primaz de Braga referiu-se também aos esforços “despendo energias e dinheiro” para possuir um Centro Regional na cidade é “ para que a sua influência se sinta na construção desta sociedade que nos rodeia nas suas riquezas maravilhosas e nos seus problemas cuja solução não permite adiamentos”. Notícias relacionadas • UCP na construção dum futuro mais cristão

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