Transmissão da fé preocupa Bispo de Santarém

D. Manuel Pelino leva ao Papa uma balanço positivo da vida da Igreja nesta diocese, com novos desafios para o futuro A Igreja de Santarém tem “dificuldade na transmissão da fé”, confessou à Agência ECCLESIA D. Manuel Pelino, Bispo da diocese scalabitana. No relatório enviado a Bento XVI, o prelado fala dessa questão, mas “penso que todos os bispos sentem o mesmo problema”, “um fenómeno global”. Depois de analisar com os seus conselheiros a situação pastoral deste território eclesial, D. Manuel Pelino realça que “há uma crise no país para transmitir os valores aos mais novos”. Quando se olha para a situação da escola nota-se que os alunos “têm falta de interesse” e “na catequese acontece o mesmo” – frisou. Com um itinerário de 10 anos catequéticos – “talvez a igreja no mundo com mais anos de catequese” -, o Bispo de Santarém lamenta a “indiferença da família e o mundo agnóstico que vivemos”. E aponta soluções: “não é só a questão da linguagem” mas “uma pedagogia nova”. A pedagogia catecumenal é o caminho. “A transmissão de conhecimento é essencial” todavia “falta a experiência evangélica neste caminho com as crianças e jovens”. Esta linha de força na pastoral “é urgente na igreja de Santarém”. Nesta cultura nova é primordial “encontrar uma linguagem evangélica que vá ao encontro desta novidade”. A experiência não pode ser esquecida no mundo da teoria. Ao fazer referência aos meios de Comunicação Social, o Bispo de Santarém sublinha que estes são “essenciais para evangelizar” mas a diocese “não os tem utilizado suficientemente”. Quando chegou à diocese de Santarém, D. Manuel Pelino herdou um jornal mensário e conseguiu passá-lo a quinzenal. “O projecto passa por transformá-lo em semanário”. O site da diocese é “um fermento”, no entanto “precisa de melhorar”. No campo vocacional admite que “não estamos muito mal”, mas confessa “medo da diminuição” do número de vocações.

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