Dúvidas e certezas para Bento XVI

Ordinariato castrense leva impressões do último quinquénio, desejando melhores condições para a pastoral militar O Bispo das Forças Armadas e de Segurança leva a Bento XVI uma “imagem de certezas” porque, ao “fim de dezoito anos, posso concluir que há espaços de pastoreio no mundo militar”. Se as certezas existem, D. Januário Torgal Ferreira realçou à Agência ECCLESIA que leva ambém “muitas dúvidas”, as quais partilha no dia à dia e conversa com os capelães militares. De 3 a 12 de Novembro, os bispos portugueses estarão em Roma na primeira visita Ad Limina deste milénio. O ordinariato castrense estará presente através do seu pastor que, segundo o próprio, é “crítico demais das situações”, mas “pretendo o melhor para a pastoral militar”. Nesta ânsia de melhorar as condições, D. Januário Torgal Ferreira afirma que “faltam espaços para trabalhar e organizar”. Estando no mundo profissional, o Bispo das Forças Armadas e de Segurança compara o trabalho nesta área com o dos capelães universitários: “Os alunos estão nas aulas e os militares estão a trabalhar”. Os fins-de-semana e os fins de tarde são os tempos predilectos para a pastoral militar. “É fundamental potenciar as pontas dos horários”. E acrescenta: “É importante andar no meio deles e delas”. Este caminho é importante mas “devíamos oferecer muito mais”. E exemplifica: “devíamos convidar para rezar, para fazer um curso de iniciação cristã ou de catequese para adultos e ir a Taizé”. No relatório enviado ao Bento XVI, o Bispo das Forças Armadas e de Segurança frisou que “não é outonal” mas “já o viu mais primaveril”. Os capelães militares conseguiram introduzir algumas “acções novas” mas “é necessário limpar algumas folhas caducas”. “Não parar é o lema” – salienta. Apesar das dificuldades na regulamentação de alguns pontos da Concordata, D. Januário Torgal Ferreira sublinha que “até ao momento não tivemos dificuldades”, todavia “estamos a actualizar estatutos que já vigoravam”. O ordinariato castrense está dependente das outras dioceses visto que não tem clero. “Não temos incardinação” – disse. A maior diocese do país é “alimentada por padres vindos de outras dioceses”. Quando essa colaboração deixar de existir, “criaremos um seminário próprio”. E conclui: “no início ria-me dessa hipótese, agora não me rio”.

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