Trabalhos da CEP caminham para o fim

Conclusões da Assembleia Plenária serão apresentadas em conferência de imprensa, que foi antecipada em meia hora A 168ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) chega ao fim esta Quinta-feira, 3 de Abril. A conferência de imprensa final foi antecipada em meia hora em relação ao inicialmente previsto, estando agora marcada para as 14h00. Após as eleições para os órgãos da CEP, que reconduziram D. Jorge Ortiga na presidência, os trabalhos dos Bispos prosseguiram em volta do tema da educação. Segundo o secretário da CEP, D. Carlos Azevedo, actualmente a tarefa dos professores é “muito difícil”, estando os Bispos interessados em contribuir para ajudar aqueles profissionais no seu papel de educadores. “É muito difícil ser professor, dado o contexto económico, social, o multiculturalismo, a falta de identidade, a falta de uma fundamentação antropológica do sistema educativo”, disse hoje aos jornalistas D. Carlos Azevedo. “É muito mais difícil ser professor hoje que há uma década atrás e não é por acaso que alguns professores universitários pedem a reforma mal podem, às vezes com prejuízo pessoal”, acrescentou o prelado, para caracterizar “todo o ambiente” em torno da educação. “Merece-nos muito respeito o ser educador hoje. O educador tem um papel muito difícil. E nós queremos ajudar”, acrescentou, explicando que o tema voltará a estar em debate pela CEP, em Junho. Os Bispos portugueses discutiram também a necessidade de uma maior aposta na formação cristã, nomeadamente a dirigida aos adultos, tendo em conta que, anualmente, há uma média de mil adultos a receberem o baptismo no país. “É uma iniciação cristã de estilo catecumenal mais profunda, porque é o nosso trabalho, o de formar cristãos e esse trabalho exige um trabalho muito próprio”, explica o secretário da CEP. Também a co-responsabilização dos leigos nos órgãos pastorais, através da revitalização dos conselhos económico e pastoral das paróquias, é uma preocupação do episcopado para o próximo triénio. Em destaque nos próximos meses estará também um inquérito a todos os Bispos sobre a actividade da Igreja e da sua gestão quotidiana, cujos resultados serão abordados nas Jornadas Pastorais do Episcopado, em Junho. Da agenda constam, ainda, reflexões sobre o “Ano Paulino” em Portugal, os 100 anos da República e a aprovação dos textos da nova edição do Missal Romano. Redacção/Lusa/RR

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