Texto de Boas Vindas de D. Manuel Clemente no Congresso Europeu das Vocações

Caríssimos irmãos aqui presentes, é com muita alegria e esperança que vos acolho nesta cidade e diocese do Porto, para o Congresso Europeu das Vocações. Espero que estes dias de convivência, celebração e reflexão vos proporcionem a todos a melhor experiência eclesial, como “samaritanos da esperança para uma Europa com futuro humano e cristão”. Muito bem formulado está o lema do Congresso, com grande oportunidade aliás. O nosso Continente precisa de esperança, horizonte rasgado e ideal mobilizador. Em Cristo, encontramos esperança, horizonte e ideal, tudo realizado já numa vida que venceu a morte e ultrapassa as melhores expectativas. Desta convicção renascemos nós, como vida e vocação. Sabemo-lo bem e só por isso aqui estamos. Sabemos também que em Cristo nos é oferecida uma humanidade renovada e plena: ofereçamo-Lo então aos europeus que O esperam. Sabemo-lo por nós, ofereçamo-Lo aos outros. Permiti-me uma palavra sobre esta diocese que vos acolhe. Encontramos aqui as possibilidades e as dificuldades de muitas outras no nosso Continente. Na última Missa Crismal divulguei os seguintes números: com uma população de mais de dois milhões de habitantes e uma prática dominical que, no último recenseamento, rondava os vinte por cento, temos 477 paróquias, servidas por 263 párocos. A média etária dos párocos é de quase 60 anos. O número total de padres com alguma nomeação é de 410, sendo 337 seculares e 73 religiosos ou de outras dioceses: 9 padres até aos 29 anos de idade, 59 dos 30 aos 39, 44 dos 40 aos 49, 26 dos 50 aos 59; seguem-se os grupos mais numerosos, com 89 dos 60 aos 69 anos, 115 dos 70 aos 79 e 60 dos 80 aos 89; e também 8 com mais de 90. No Seminário Maior temos 25 seminaristas. Temos 15 diáconos permanentes e cerca de sessenta em formação… Temos também, no nosso laicado, uma muito considerável participação na vida eclesial. Contam-se por milhares os que colaboram activamente no serviço da Palavra, começando pela catequese, no serviço litúrgico, como “acólitos”, cantores, ministros extraordinários da comunhão, e no sector sócio-caritativo, em múltiplas instituições e acções de serviço ao próximo. A vida religiosa, masculina e feminina, tem forte presença na Igreja do Porto, ainda que sofra de escasso ingresso vocacional. São vários os movimentos, novos ou mais antigos, creio mesmo que com vitalidade crescente. Posso entrever que o futuro da Igreja do Porto se viverá em termos de corresponsabilidade carismática e ministerial, numa dinâmica crescentemente vocacional e evangelizadora, missionária. No próximo ano pastoral “aprenderemos a missão com S. Paulo”, aproveitando da melhor maneira o “Ano Paulino” em que estamos já. Dedicaremos 2010 a uma generalizada missão diocesana, suscitando em cada comunidade um renovado “ardor” testemunhal para o meio envolvente. Acredito que – como tantas vezes tem sucedido – o crescimento vocacional acompanhará o crescimento evangelizador e missionário da Igreja diocesana. Como estou certo de que este Congresso nos elucidará e estimulará a todos neste caminho comum! Sede bem vindos à cidade e diocese do Porto. Desejo-vos um excelente Congresso, com os melhores frutos para a vida da Igreja e o futuro feliz da nossa Europa. + Manuel Clemente, Bispo do Porto

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