Terra Santa (des)espera pelos peregrinos cristãos

O Custódio da Terra Santa, Pe. Giovanni Battistelli, disse hoje que a presença de peregrinos cristãos na região é essencial para as populações locais, cuja situação classificou de “precária”. “Os cristãos vivem aqui, como todos, no medo de novos atentados. Para piorar a situação está a ser construída a barreira de segurança israelita na Cisjordânia, que corta a meio muitas terras e separas famílias inteiras”, acusou em declarações à agenzia Sir, que está a acompanhar uma peregrinação de italianos aos locais onde viveu Jesus. A presidir a essa peregrinação está o Cardeal Camilo Ruini, líder da Conferência Episcopal Italiana (CEI). Este responsável pediu aos cristãos de todo o mundo que não tenham medo de viajar até à Terra Santa. “Vir até aqui dá coragem aos nossos irmãos cristãos e oferece-lhes oportunidades concretas de trabalho”, vincou. “Não é preciso uma coragem fora do vulgar, esta é uma peregrinação serena, que dá satisfação”, disse ainda. A presença de peregrinos é vista pelo Pe. Battistelli como “um sinal de esperança”. “Eles dão-nos a consciência de que não estamos sós. Os nossos santuários são seguros, os peregrinos visitam-nos com serenidade”, constatou. Segundo o cardeal Ruini “as peregrinações têm um valor político, exprimindo solidariedade e levando os Judeus e os Muçulmanos a ter em conta os cristãos”. A minoria cristã tem passado por grandes dificuldades, correndo o risco de não ter pessoal suficiente para manter em funcionamento santuários, paróquias, hospitais, escolas. O Custódio da Terra Santa retoma as acusações ao Ministério do Interior de Israel, que continua a negar a renovação de visto de residência de 130 sacerdotes católicos e de várias religiosas. A negação de vistos viola o “Acordo Fundamental entre a Santa Sé e o Estado de Israel”, assinado há dez anos. O Acordo reconhece à Igreja o direito de deslocar o seu próprio pessoal e instituições.

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