Televisões católicas em rede

A incontornável presença anunciadora na televisão e a consciência de que essa presença terá que acontecer em rede estão nas convicções dos promotores do I Congresso de Televisões Católicas. Na abertura dos trabalhos, o Presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais não escondeu a certeza de que, “há anos se vem sentindo a necessidade de um encontro amplo entre iniciativas católicas em televisão, que se centrará nos aspectos práticos e de colaboração entre elas”. Um objectivo que se começou a cumprir desde os primeiros momentos do congresso. Pelas Conferências, que preenchem cada manhã, como nos trabalhos de grupo, durante a tarde. Mons. John P. Foley, quis sublinhar também a importância do momento mediático presente que reclama uma presença mais harmónica e em sintonia. “Não podemos estar isolados, fazendo cada um a sua luta de maneira individual e de costas voltadas para os demais. Se para os cristãos nunca é hora de ser individualista, agora muito menos: isso debilita a nossa voz e torna-a mais dispersa”. Para Mons. Foley, que coordena, no Vaticano, a presença da Igreja nos meios de comunicação social, a Igreja Católica não pode ficar indiferente à multiplicação dos meios e dos formatos de recepção, antes pode comunicar de acordo com as escolhas dos públicos. Para isso, é preciso “estar consciente do protagonismo da comunicação no mundo actual, da convergência dos meios clássicos – cinema, imprensa, rádio, televisão, etc – com os que chegam com as novas tecnologias, e do fenómeno a que chamamos hoje ‘globalização’ e que, nos seus melhores aspectos, pode ser um eficaz apoio para a unidade e cooperação desejadas em todos os âmbitos da vida humana”, referiu. O Cardeal de Madrid, que acolhe a realização deste primeiro congresso, afirmou a mesma necessidade de cooperação entre as televisões católicas. O Cardeal António Maria Rouco Varela disse, ao receber os congressistas, que “chegou o momento histórico” para, de uma forma institucional, percorrer o caminho da cooperação entre diferentes regiões geográficas ou culturais. É preciso “estreitar e articular um sistema de relações mútuas e de cooperação económico-financeira, técnica e pastoral” entre as televisões católicas. “Com realismo pastoral, mas com largueza de horizontes e de disponibilidade eclesial”, referiu. Amanhã, o I Congresso de Televisões Católicas traz a debate o contributo das novas tecnologias. Durante a tarde, continuam os trabalhos de grupo.

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