Taizé: Encontro Europeu de Jovens começa com oração pela Ucrânia e apelo à esperança

Prior da comunidade ecuménica elogia «perseverança na fé» dos ucranianos

Foto: Taize.fr

Rostock, Alemanha, 29 dez 2022 (Ecclesia) – O prior de Taizé presidiu esta quarta-feira à oração inaugural do Encontro Europeu de Jovens promovido anualmente pela comunidade ecuménica, evocando a guerra na Ucrânia

“Jesus vem ao mundo, mesmo na noite e na escuridão. No coração das trevas, a sua luz já está a brilhar… agradeçamos aos jovens da Ucrânia pela sua coragem na adversidade e também pela sua perseverança na fé”, disse o irmão Alois, perante os cerca de 5 mil participantes no evento que, até 1 de janeiro de 2023, decorre em Rostock, cidade do norte da Alemanha,

Do programa, para além dos momentos de oração e celebração comunitárias, diversos ateliês vão marcar este encontro, em diferentes áreas: Espiritualidade, fé, igreja e religião; sociedade e política, com reflexões sobre direitos fundamentais, a guerra na Ucrânia e a Europa, a crise climática, a hospitalidade e refugiados, o racismo; música, arte e natureza, passeios pela cidade, e atividades para crianças e adolescentes.

O irmão Alois realizou, antes da celebração do Natal, uma visita à Ucrânia, onde esteve com responsáveis da Igreja e com jovens nas cidades de Kiev e Lviv.

Cerca de 300 desses jovens participam no encontro em Rostock e foram saudados “calorosamente” pelo prior de Taizé.

“Em Kiev e Lviv, pudemos partilhar, durante alguns dias, a vida quotidiana deste corajoso povo. À noite, há bairros inteiros mergulhados na escuridão devido a falhas na eletricidade. Isto não impede os jovens de se reunirem para rezar, apenas à luz de algumas velas”, referiu o responsável religioso.

E a mensagem foi tão clara: esta luz na noite, mesmo tremeluzindo como a de algumas velas, é mais forte do que o mal e a violência da guerra. E não é este também o essencial da mensagem do Natal? Jesus veio ao mundo. Ele é a luz do mundo, ameaçada, muitas vezes escondida, mas que nunca se extinguirá”.

O prior de Taizé sublinhou que, em Rostock, “os cristãos são uma minoria no conjunto da sociedade”.

“Isto não leva os crentes a fechar-se num pequeno mundo só deles; pelo contrário, encoraja-os a entrar em diálogo com todos. Juntos, podemos enfrentar os desafios que nos são comuns e trabalhar para uma sociedade onde a confiança possa crescer”, apontou.

A oração recordou, entre outros, os migrantes que chegam à ilha italiana de Lampedusa, o povo do Haiti e as populações do Médio Oriente.

“Estas mulheres e homens, estes jovens e por vezes até estas crianças estão a fazer uma escolha: mesmo na adversidade, estão a optar pela esperança. Mantenhamo-los esta noite nas nossas orações, em gratidão pelo corajoso testemunho que transmitem”, concluiu o irmão Alois.

OC

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