Taizé: aventura cerâmica

Os dois ateliers de olaria em Taizé estão completamente integrados na vida de uma comunidade ecuménica de cerca de 100 irmãos de uma trintena de nacionalidades. O trabalho deve ser situado neste contexto, que explica algumas escolhas práticas. Assim, antes mesmo de sermos artistas, criadores ou simples artesãos, somos irmãos que vivem um compromisso espiritual e solidário, nos nossos dias, especialmente aqui, em Taizé, com milhares de jovens que vêm de todo o mundo. A aventura cerâmica começou no Inverno de 1949: o irmão Daniel, tendo encontrado em Cluny o ceramista Alex Kostanda, criou em Taizé um atelier, centrado na roda manual e na elaboração de esmaltes (em particular à base de cinzas vegetais). Actualmente, é o irmão Lutz que continua a trabalhar neste primeiro atelier. Com o crescimento da comunidade, nasce um segundo atelier, quando os irmãos sentem a necessidade de assegurar apenas com o seu trabalho as exigências financeiras da sua existência, conscientes do grande valor do trabalho manual. A maior parte dos irmãos que aí trabalha tem também outras actividade no contexto do ministério da Comunidade. É então posta em prática uma produção baseada em processos simples, parcialmente automatizados (calibragem, colagem, prensagem) e produzindo objectos comuns, acessíveis a todos. Foram conservados dois processos artesanais do primeiro atelier: a preparação das pastas a partir de argilas brutas de carreiras e a criação de esmaltes, que constituem a originalidade do atelier.

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