Tailândia: Papa pede fim de roupagem «estrangeira» no anúncio do Evangelho

Encontro com membros de institutos de Vida Consagrada marcou início do terceiro dia de visita

Fotos: Vatican News

Wat Roman, Tailândia, 22 nov 2019 (Ecclesia) – O Papa deslocou-se hoje à aldeia de Wat Roman, nos arredores de Banguecoque, onde existe uma maioria católica, na população, onde pediu que o anúncio do Evangelho deixe de lado qualquer “roupagem estrangeira”.

“Devemos deixar que o Evangelho se despoje de roupagens boas, mas estrangeiras, para ressoar com a música que faz vibrar a alma dos nossos irmãos”, disse, durante um encontro com membros de Instituto de Vida Consagrada, no compromisso inicial do terceiro dia de viagem à Tailândia.

Francisco começou por agradecer a “todas pessoas consagradas que se tornaram fecundas, com o silencioso martírio da fidelidade e dedicação diária”, de modo especial a os consagrados idosos.

“Penso que a história vocacional de cada um de nós está marcada por estas presenças que ajudaram a descobrir e discernir o fogo do Espírito. É tão belo e importante saber agradecer”, recomendou.

O encontrou reuniu cerca de mil participantes de congregações, sociedades de vida apostólica e ordens monásticas das várias dioceses da Tailândia, na Paróquia de São Pedro, distrito de Sam Phran.

Francisco foi recebido em clima de festa por uma multidão que acenava bandeiras do Vaticano e da Tailândia, junto ao santuário dedicado ao Beato Nicolas Bunkerd Kitbamrung, sacerdote tailandês que morreu mártir em 1944, na prisão, durante a guerra franco-indochina.

O Papa disse aos religiosos e religiosas do país que a sua missão é “partilhar uma alegria, um horizonte belo, novo e surpreendente”.

“Isto impele-nos a não ter medo de procurar novos símbolos e imagens, uma música particular que ajude os tailandeses a despertar para a maravilha que o Senhor nos quer dar. Não devemos ter medo de inculturar cada vez mais o Evangelho”, apelou.

Francisco admitiu que, para muitos, o Cristianismo é “a religião dos estrangeiros”.

“Este facto impele-nos a buscar corajosamente modos de proclamar a fé ‘em dialeto’, tal como uma mãe canta as canções de embalar ao seu bebé”, sustentou.

O Papa citou, no final do seu discurso, São Paulo VI, para recomendar “fervor” na vida de fé, que se alimenta do encontro “com o rosto do Senhor e com o dos irmãos”.

O encontro encerrou-se com uma oração pelas vocações, recitada em conjunto.

OC

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