Superficialidade da sociedade ameaça a família

As famílias de hoje são o “reflexo da cultura que não privilegia propriamente o aprofundamento das questões mas aflora-as e a questão do matrimónio é uma delas” – sublinhou à Agência ECCLESIA o Pe. Luis Inácio João, director do Secretariado da Pastoral Familiar da diocese de Leiria-Fátima, que realizou, dia 26 deste mês, umas jornadas sobre “Chamados ao Matrimónio… Chamados no Matrimónio”. Partindo de referências bíblicas, o conferencista, Pe. Duarte da Cunha, falou do matrimónio como vocação relacional e a “complementaridade entre homem e mulher”. Com estes motivos, o Secretariado da Pastoral Familiar daquela diocese achou que havia esta realidade precisa de ser reflectida. “Não há apenas um chamamento matrimonial mas este chamamento continua no matrimónio” – disse o Pe. Luis Inácio João. Ao longo deste sacramento, é “fundamental perceber que o exercício do mesmo – tanto ao nível conjugal como ao nível a familiar” implica que os matrimoniados se sintam permanentemente em chamamento. Numa sociedade onde a “ligeireza e a superficialidade” ou então a “concentração da atenção em determinados sectores”, as famílias devem centralizar os seus objectivos mais abrangentes. “É preciso tomar consciência que o chamamento continua e não deve andar ao sabor simplesmente como se fosse qualquer coisa celebrado de uma vez para sempre” – acentua o Pe. Luis Inácio. Ao nível de propostas, a diocese de Leiria-Fátima apela à formação: tanto jornadas como encontros avulsos. Mesmo as famílias que têm uma prática dominical mais regular é “preciso quebrar hábitos antigos de que cada um tem a sua expressão religiosa” – enfatizou o director.

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