Sudão do Sul: Santa Sé reconheceu novo país

Mensagem lida durante missa presidida pelo enviado do Papa

Juba, 11 jul 2011 (Ecclesia) – O enviado do Papa ao Sudão do Sul para as cerimónias de proclamação da independência, cardeal John Njue, leu este domingo a mensagem de reconhecimento, por parte da Santa Sé, do novo país africano.

O arcebispo de Nairobi, Quénia, presidia a uma missa na catedral de Juba, capital sul-sudanesa, acompanhado pelo arcebispo local, D. Paulino Lukudu Loro, e vários representantes da Igreja Católica em África.

Na celebração esteve ainda o missionário português José da Silva, padre comboniano, o qual relatou que D. Paulino Lukudu pediu a abertura de uma nunciatura [representação diplomática da Santa Sé] em Juba.

“A missa demorou três horas e contou com a presença de inúmeros fiéis, do presidente da Assembleia, alguns ministros e deputados”, indica o sacerdote e chefe de redação da Rádio Bakhita, no seu blogue «Jirenna».

[[v,d,2205,]] A Rádio Vaticano informa, por outro lado, que todas as dioceses do país, de maioria cristã, fizeram repicar os sinos, numa “jornada de agradecimento”, na qual foram ainda recordados os “mártires” da guerra civil com o Norte, que provocou dois milhões de mortos.

O Sudão do Sul tornou-se oficialmente independente este sábado, após cinco décadas de conflito com o Norte, mas continuam por resolver questões como a demarcação de fronteiras, a partilha das receitas do petróleo e a situação dos cidadãos sul-sudaneses que residem no Sudão.

Com uma área semelhante à da Península Ibérica e mais de 8 milhões de habitantes, o novo Estado tem ainda fronteiras a leste com a Etiópia, a sul com o Quénia e o Uganda e a oeste com a República Democrática do Congo e a República Centro-Africana.

“As festas passarem sem incidentes de maior e as pessoas viveram estes dois dias de uma forma impressionante de euforia incontida”, relata o padre José da Silva, a residir em Juba.

OC

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