Cidade do Vaticano, 20 jul 2016 (Ecclesia) – O cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé) está desde domingo na capital do Sudão do Sul, Juba, para acompanhar em nome do Papa “a difícil situação” no país africano.
Em declarações à Rádio Vaticano, o cardeal ganês adianta que Francisco escreveu uma carta aos líderes sul-sudaneses com “um forte apelo à paz”.
Os confrontos tiveram início em dezembro de 2013, quando o presidente Salva Kiir, acusou o vice-presidente ex-líder dos rebeldes, Riek Machar, de planear um golpe de Estado.
A tensão deu origem a uma série de conflitos étnicos e tribais, com milhares de mortos e mais de dois milhões de refugiados.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, advertiu que “milhões de pessoas” enfrentam já situações de “fome” e que se a situação de violência entre partidários do presidente e do primeiro-vice-presidente persistir, é o próprio país que fica “à beira da catástrofe”.
O superior provincial dos Espiritanos para o Quénia e Sudão do Sul esteve na sede internacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), na Alemanha, tendo testemunhado como “a insegurança e a violência estão a afetar as pessoas”.
O padre John Mbinda salienta que estes episódios de violência, “que nunca se sabe quando vão ocorrer”, deixam toda a comunidade religiosa apreensiva.
OC