Sudão do Sul: Fundação pontifícia alerta para regresso à violência armada

Lisboa, 28 set 2016 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informa que as acusações entre o presidente e antigo vice-presidente do Sudão do Sul “fazem temer violento regresso às armas” no país africano.

A fundação pontifícia AIS constata que as “declarações acesas” proferidas nos últimos dias têm também como pano de fundo rivalidades étnicas, mais propriamente Dinka do atual chefe de estado sul-sudanês e Nuer, do seu antigo vice-presidente.

Exilado no Sudão, o antigo vice-presidente, Riek Machar, acusou Salva Kiir de querer transformar o Sudão do Sul num “Estado étnico” dominado pela etnia a que pertence e, por isso, numa “perigosa escalada verbal”, declarou-lhe guerra.

“Ele deve vir com o que tiver para a batalha, pois nós também iremos”, respondeu por sua vez Salva Kiir, garantindo que “ninguém” vai invadir a capital Juba.

“Em resposta a esta perigosa retórica inflamada”, noticia a AIS, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas autorizou o envio de mais quatro mil soldados para o Sudão do Sul elevando para 17 mil os elementos ligados à força de manutenção da paz da ONU no país africano.

A guerra civil no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013 e a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre recorda que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados contabiliza que o conflito entre o presidente e antigo vice-presidente do Sudão do Sul fez com que cerca de um milhão de sul-sudaneses fugissem do país.

CB

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Agência ECCLESIA

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