Representantes eclesiais e civis do Sudão, República Democrática do Congo, Uganda e República Centro-Africana assinaram uma declaração em que pedem à comunidade internacional medidas mais efectivas no combate às guerrilhas que espalham o terror na região.
Em declarações à fundação Ajuda a Igreja que Sofre, o bispo sudanês Eduardo Kussala apontou a ameaça constante que representa o Exército de Resistência do Senhor (LRA).
“O impacto do LRA é terrível. Há um grande número de refugiados e de pessoas deslocadas que estão a tentar escapar aos ataques” explica o prelado africano, sublinhado que os guerrilheiros “destroem propriedades, fazem das crianças órfãos e, com tantas pessoas a procurar escapar, já não restam escolas nem serviços sociais”.
Os bispos africanos querem que a comunidade internacional ajude a encontrar opções para resolver esta situação, de preferência através do diálogo.
Nos últimos 20 anos, dezenas de milhares de pessoas foram mortas, desde que o chefe do LRA, Joseph Kony, pegou em armas para derrubar o Governo ugandês.
Tendo sido obrigado a sair do Uganda, pela força das armas, o LRA recuou para as densas florestas do Sul do Sudão, no Nordeste da República Democrática do Congo (RDC) e na República Centro-Africana, onde tem espalhado o terror e a violência entre as populações.