Sonhar, Desenhar e Construir o Futuro

Comunicado final da V Assembleia Nacional de Delegados da ACR, realizada em Viseu A ACR reuniu a sua V Assembleia Nacional de Delegados, no Centro Sócio-Pastoral de Viseu, nos dias 7 e 8 de Julho de 2007. Com a colaboração do D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, e das sociólogas Dra. Paula Abreu e Dra. Vera Inês, os cerca de 180 Delegados 1. Disseram que: ? A sociedade é pouco sociedade, porque fragmentou e diluiu a relação entre as pessoas, instaurando o culto de um feroz individualismo, porque criou uma falsa ideia de liberdade e igualdade, de felicidade, determinando as pessoas através de um consumismo programado e esgotante, que os torna extremamente frágeis. ? A sociedade é pouco moderna, porque, à orgânica de grupos e sociedades, fez suceder um turbilhão do espontâneo, do imediato, do provisório; porque substituiu a organização do pensamento, a escala de valores, pelo relativismo, pelo pragmatismo, pelas emoções voláteis. ? A proposta da Igreja terá de ser o refazer criativo das relações humanas, a cultura da solidariedade, por um paradigma de primazia à pessoa, como ser em relação, pela experiência de grupo como espaço de vida por excelência, pela oferta de uma ecologia mais equilibrada da existência. ? A ACR terá de ter um contributo para a redefinição da comunidade e da comunidade cristã, por via de uma pedagogia activa do “ver, julgar e agir”, que anuncie a salvação a todos pela atenção a cada um e aos seus problemas. 2. Avaliaram: ? A sua riqueza, na renovação e equilíbrio já alcançados, na mistura dos níveis etários, na participação de homens e mulheres, em alguns hábitos de programação; no toque de problemas e iniciativas que vão ao cerne da vida quotidiana das pessoas; numa significativa oferta da formação aos militantes e às populações. ? Os seus limites, na fragilidade de muitas das suas Equipas, na ainda grande falta de hábitos de programação, num certo défice cultural, num projecto de crescimento sem estratégia adequada, num manancial de energias demasiado vertido em iniciativas intra-eclesiais. 3. Propuseram-se: ? Dar consistência às Equipas existentes, pela sua estruturação e liderança, como laboratórios de fermento em ordem a reconstruir o tecido das relações. ? Reforçar a interpelação e motivação aos mais novos, com relevância para os casais dos 25 aos 40 anos. ? Investir fortemente na formação generalizada e aberta (do cultural ao cívico, do personalista ao cristão). ? Trabalhar insistentemente na formação específica dos que se propõem à militância no Movimento. ? Envolver em projectos grupos de Análise, Revisão e Acção (GARA) com clara incidência de intervenção social. ? Reavivar a sua participação e corresponsabilidade na vida da Igreja. Ao celebrar a publicação do nº 500 do Mundo Rural, foram homenageados os que presidiram às publicações do Movimento ao longo dos tempos, dos seus colaboradores, bem como muitos dos que foram e são os distribuidores das mesmas. A Assembleia elegeu ainda a Equipa Nacional para o triénio 2007-2010. Viseu, 8 de Julho de 2007

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