Solidariedade: Papa reafirmou que «as guerras são sempre uma derrota»

Francisco manifestou também proximidade às vítimas de um terramoto na China, de uma explosão na Guiné-Conacri e com a ONG «Mediterranea Saving Humans»

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 20 dez 2023 (Ecclesia) – O Papa reafirmou hoje que “as guerras são sempre uma derrota”, pediu que não sejam esquecidas “as pessoas e os povos que sofrem o mal da guerra”, na Palestina, Israel e na Ucrânia, alargando a solidariedade a outras geografias.

“Não nos esqueçamos das pessoas e dos povos que sofrem o mal da guerra. As guerras são sempre uma derrota, não nos esqueçamos disso. Uma derrota;  Por favor, pensemos na Palestina, em Israel, na Ucrânia”, disse no final da audiência pública, no Auditório Paulo VI.

“A atormentada Ucrânia, que tanto sofre”, acrescentou Francisco, assinalando a presença do embaixador ucraniano  junto da Santa Sé, Andrii Yurash, neste encontro semanal no Vaticano.

O Papa recordou que os únicos que ganham com os conflitos são os fabricantes de armas e alertou que “a guerra está destruindo toda esperança para o futuro”.

‘O presépio de Greccio, escola de sobriedade e alegria’, foi o tema da catequese da audiência, e Francisco recordou também as “crianças em guerra”, incentivando a que em frente ao presépio se peça “a paz a Jesus”: “Ele é o príncipe da paz”.

“Nestes dias veremos Deus deitado numa manjedoura: é a mensagem mais forte de Paz para a vida de cada um de nós e para o mundo de hoje”, tinha assinalado na saudação aos peregrinos de língua portuguesa.

Na saudação em italiano, no final da audiência semanal desta quarta-feira, o Papa também destacou a ação da ‘Mediterranea Saving Humans’,  o resgate de pessoas no Mar Mediterrâneo; esta ONG tem um capelão católico, o padre Mattia Ferrari, que participou em muitas missões de salvamento.

“Vai ao mar para salvar os pobres que fogem da escravidão em África. Eles fazem um bom trabalho, salvam muita gente, muita gente”, salientou Francisco, que no dia 17 de novembro recebeu, no Vaticano, um migrante camaronês que perdeu a mulher, Matyla, e a filha Marie, de seis anos, ambas mortas na travessia do deserto do norte de África, tentando chegar à Europa.

O Papa manifestou também proximidade “com carinho e oração” às populações “que sofrem” das províncias chinesas de Gansu e Quinghai, no nordeste do país, na sequência do “devastador terramoto”, de magnitude 6,2, desta segunda-feira, 18 de dezembro.

“Encorajo os serviços de emergência e invoco a bênção do Todo-Poderoso sobre todos, para que Ele possa trazer conforto e alívio”, referiu.

Francisco lembrou também os familiares das vítimas e dos feridos da explosão do principal terminal petrolífero da África Ocidental em Conacri, capital da Guiné-Conacri, morreram oito pessoas morreram e 84 ficaram feridas, na madrugada de segunda-feira.

“Expresso a minha proximidade às famílias dos falecidos e feridos. Que Deus os apoie e lhes dê esperança”, disse o Papa, no Vaticano.

CB

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