Solidariedade: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre promoveu encontro entre alunos de Lisboa e da Síria

«Há cristãos que não podem viver com toda a liberdade» – Sibila Harvey, da Associação de Pais do Colégio de Santa Maria

Lisboa, 02 jun 2021 (Ecclesia) – O secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) promoveu uma ligação vídeo entre alunos do Colégio de Santa Maria, em Lisboa, com crianças da Paróquia de Qara, na Síria, assinalando o Dia Mundial da Criança.

“Foi uma lição de vida. Sentimo-nos muito enternecidos e comovidos com o encontro”, disse Sibila Harvey, da Associação de Pais da escola, no Bairro da Lapa.

Na Síria, o encontro foi organizado pela irmã Maria Lúcia Ferreira (conhecida como Myri), religiosa portuguesa da Congregação das Monjas de Unidade de Antioquia que vive no Mosteiro de São Tiago Mutilado, na vila de Qara.

“As crianças ficaram tocadas com a iniciativa, e nós aqui, no mosteiro, também ficámos muito contentes. O encontro foi importante também para que as crianças da Síria tenham compreendido que, apesar das dificuldades, e como disse uma delas, o dinheiro não é tudo”, explicou a religiosa.

Os encontros no Dia da Criança (1 de junho) são organizados pelo Colégio de Santa Maria (Lisboa), com o apoio da fundação pontifícia AIS, desde 2015, quando conversaram com crianças iraquianas a residir num campo de refugiados.

“O objetivo tem sido de procurar mostrar às nossas crianças que há cristãos que não podem viver com toda a liberdade. Importa saber que há sítios onde isso não é possível, estarmos conscientes disso; Os cristãos perseguidos tem sido um tema muito rezado aqui por nós”, desenvolveu Sibila Harvey, da Associação de Pais Colégio de Santa Maria.

Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, referiu esta iniciativa no Dia da Criança procura ser uma oportunidade para “chamar a atenção dos portugueses” para a realidade de “perseguição, guerra e violência” em que vivem várias comunidades cristãs no mundo.

“Dar a conhecer às nossas crianças e também aos seus pais os problemas concretos das famílias que vivem experiências dramáticas é seguramente uma forma positiva e até pedagógica de assinalarmos o dia 1 de junho”, acrescentou.

O conflito sírio mantém-se ativo há mais de 10 anos; desde 2011, quase 5,6 milhões de habitantes fugiram para outras partes do mundo, enquanto 6,6 milhões de sírios estão deslocados no seu próprio país, segundo dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

CB/OC

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