Solidariedade: Fundação Ajuda à Igreja  que Sofre assume Moçambique como «prioridade máxima», alertando para «histórias de terror»

«Qualquer forma de auxílio ajuda a aliviar o sofrimento desta gente oprimida e desenraizada» – Ulrich Kny

Lisboa, 24 mar 2021 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alerta que “quase semanalmente” chegam “novas histórias de terror” de Moçambique, um sinal da crise humanitária em Cabo Delgado, província no norte do país que é lugar de ataques terroristas.

“Qualquer forma de auxílio ajuda a aliviar o sofrimento desta gente oprimida e desenraizada”, explica o responsável pelos projetos da AIS para os países de África.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, pelo secretariado português da AIS, Ulrich Kny indica que Moçambique é um país de “prioridade máxima” para a fundação pontifícia.

O responsável revela que “quase semanalmente chegam de Moçambique novas histórias de terror”, que são um sinal do agravamento da crise humanitária em Cabo Delgado, a província no norte do país lusófono que tem sido palco de ataques de grupos armados, desde outubro de 2017.

A fundação pontifícia indica que, no final de 2020, existiam mais de 670 mil deslocados e mais de dois mil mortos em Cabo Delgado, segundo números das Nações Unidas.

O responsável da Fundação AIS lamenta que esta realidade passe despercebida “em grande parte pela comunidade internacional”, apesar de Moçambique estar a “sofrer catástrofes humanitárias, umas atrás das outras”.

Ulrich Kny adianta que o objetivo da AIS é socorrer “o maior número possível de pessoas” e responder aos pedidos de ajuda que chegam de Cabo Delgado e destacou a ação da Igreja Católica neste processo.

“A Igreja em Moçambique é uma âncora de esperança e caridade num mar de sofrimento e violência”, realçou.

O responsável pelos projetos da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre para os países de África alertou também para os impactos da pandemia Covid-19, que numa primeira fase foi “relativamente suave”, agora a situação agravou-se.

“O número de pessoas infetadas disparou em janeiro e é alarmante como o número de mortes aumentou”, acrescentou Ulrich Kny.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre disponibilizou uma primeira ajuda de emergência no valor de 160 mil euros para a Igreja ajudar os deslocados, que permitiu aos padres e religiosas “distribuir comida aos refugiados”.

Neste contexto, começaou também um projeto de assistência psicossocial aos refugiados, pessoas que vivem um sofrimento “inimaginável” por causa dos ataques terroristas, e mais de 120 pessoas já receberam formação psicológica em Pemba para acompanharem estes casos.

A fundação pontifícia  indica ainda que ajuda na subsistência e formação dos sacerdotes e das religiosas.

CB/OC

 

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