Solidariedade: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre apoiou mais de 5 mil projetos em 2017

Portugal contribuiu com quase três milhões de euros para o orçamento global de 125 milhões de euros

Alepo, AIS.

Lisboa, 04 jul 2018 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apoiou em 2017 mais de 5300 projetos de solidariedade, em 149 países, agradecendo a “extraordinária generosidade” dos benfeitores que, em Portugal, contribuíram com “quase 3 milhões de euros”.

No comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a diretora do secretariado português da AIS, Catarina Martins de Bettencourt, sublinha que estes donativos tornaram “possível apoiar” vários projetos em comunidades cristãs espalhadas pelo mundo.

A fundação pontifícia informa que “a maior fatia” do “orçamento global de quase 125 milhões de euros” se destinou a apoiar o Médio Oriente, com destaque para o Iraque, onde está em curso a campanha ‘Regresso às Origens’.

Sobre a referida campanha, a Ajuda à Igreja que Sofre contextualiza que se pretende o regresso dos cristãos às suas aldeias e vilas na Planície de Nínive, através da reconstrução das casas e das igrejas, de onde foram expulsos pelos jihadistas do autoproclamado ‘Estado Islâmico’, em 2014.

O Iraque recebeu 9,3 milhões de euros que também foram usados na “ajuda de emergência” às populações e ao “apoio direto à subsistência de sacerdotes, de religiosas e das populações cristãs”.

Segundo o secretariado português da AIS, os “mais de 5300 projetos de solidariedade” apoiados em 149 países, em 2017, significam “um acréscimo de mais de meia centena de projetos” do que no ano anterior (2016).

Depois do Iraque, os países que receberam mais ajuda da fundação foram a Índia – 5,86 milhões – e a Síria, com 5,8 milhões; já a República Democrática do Congo, com 3,42 milhões de euros, foi o país africano que mais beneficiou da solidariedade de “cerca de 400 mil benfeitores” da AIS em todo o mundo.

O comunicado dá conta de campanhas específicas como ‘Uma gota de leite’ para “as crianças mais desfavorecidas” de Alepo, na Síria, ou ‘Uma panela cheia’ criada recentemente para “acudir as populações famintas” da Venezuela.

Catarina Martins de Bettencourt pede aos amigos da AIS que continuem a ajudar a instituição para que “muitos milagres possam ainda acontecer junto dos milhares de Cristãos perseguidos e necessitados em todo o mundo”.

Em 2017, 13.643 seminaristas receberam ajuda para a sua formação, o que significa que “um em cada 9 seminaristas em todo o mundo” é apoiado pela AIS e também “uma em cada 52 religiosas”, maioritariamente de ordens contemplativas, foi apoiada pela fundação.

“O trabalho é, essencialmente, de apoio à Igreja nos lugares onde não tem recursos materiais para desenvolver o seu trabalho pastoral ou onde os Cristãos são vítimas de opressão, perseguição e violência”, explicou o presidente-executivo internacional da AIS, Thomas Heine-Geldern, na nota divulgada pela fundação.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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