Solidariedade: Fundação AIS quer angariar um milhão de euros para ajudar população no Líbano

“SOS Líbano” é o nome da campanha lançada em Portugal que pretende agora reunir «o dinheiro necessário para fazer face às necessidades mais urgentes»

Foto: ACN

Lisboa, 16 out 2024 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informou hoje que quer angariar pelo menos um milhão de euros com a campanha de emergência a nível internacional para apoiar a população no Líbano.

“O objetivo é ajudar a Igreja face aos enormes desafios humanitários causados pela guerra, nomeadamente pelos ataques aéreos e terrestres israelitas”, indica a fundação pontifícia.

“SOS Líbano” é o nome da campanha lançada pela AIS em Portugal, no início do mês, para fazer face à crise no Líbano.

A AIS contextualiza que, desde o primeiro dia de outubro, com a entrada de tropas de Israel no Líbano, que o país enfrenta uma “grave crise no plano humanitária com a Igreja a procurar ajudar todos os que tiveram de fugir das suas casas para regiões mais seguras”.

“O país já atravessava uma profunda crise económica, com uma inflação galopante que conduziu as famílias para a miséria. Mas, agora, tudo está ainda pior”, ressaltou a diretora da AIS em Portugal, numa carta enviada, no início de outubro, para milhares de portugueses com o apelo para a ajuda à comunidade cristã libanesa.

“Nesta hora de aflição em que o Líbano volta a ser um campo de batalha, é preciso ir em socorro dos que mais sofrem é preciso ajudar as famílias cristãs que estão assustadas e de mãos completamente vazias. A vossa ajuda é essencial, tal como as vossas orações”, escreveu.

A fundação pontifícia dá conta que os ataques das forças de Israel, que têm por objetivo eliminar a ameaça do Hezbollah ao norte de Israel, provocaram já uma vaga de mais de um milhão de deslocados internos em várias partes do país.

As regiões de Beirute, do Monte Líbano e do norte do Líbano são as que mais sofrem com as dificuldades causadas por tantas pessoas em fuga, levando a que nestes locais a Igreja abrisse as suas instalações, incluindo salões paroquiais e casas de retiro a todos os que fogem das zonas mais perigosas, independentemente da filiação religiosas ou étnica.

A Fundação AIS explica que já contactou as sete dioceses e as cinco congregações religiosas que estão mais diretamente envolvidas no socorro humanitário e procura agora angariar o dinheiro necessário para fazer face “às necessidades mais urgente, que na maioria dos casos incluem alimentos, produtos sanitários, colchões e cobertores, medicamentos e outros bens essenciais”.

As regiões mais atingidas pelas consequências diretas da guerra são as regiões fronteiriças entre Israel e Líbano, sendo que “os cristãos constituem uma parte significativa da população desta zona e estão a ser diretamente afetados”, alerta a fundação.

“Nas últimas décadas, o Líbano tem passado de crise em crise, sofrendo de instabilidade política, desde um afluxo de refugiados das guerras regionais, ao colapso económico, à explosão do porto de Beirute, que arrasou grande parte da cidade, e agora estes ataques de Israel”, disse Regina Lynch, presidente executiva da Fundação AIS.

A responsável garante que, “apesar de tudo isto, a Igreja continuou a servir as pessoas, prestando apoio material e espiritual em todas as ocasiões”.

“A AIS tem estado ao lado dos nossos parceiros de projetos no Líbano e não os abandonará agora que enfrentam mais uma hora de dificuldade. Estamos confiantes que os nossos amigos e benfeitores compreenderão a urgência de se apoiar a Igreja no Líbano para que esta possa levar a cabo a obra de Deus”, referiu.

LJ/OC

Líbano: Fundação AIS lança campanha para ajudar população

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