Solidariedade: «É preciso ajudar a Terra Santa» – Comissário da Terra Santa em Portugal (c/vídeo)

Peditório anual para as comunidades e manutenção dos lugares na Terra Santa vai realizar-se dia 13 de setembro

Cidade do Vaticano, 21 ago 2020 (Ecclesia) – O comissário da Custódia da Terra Santa em Portugal afirmou que os cristãos “procuram todos viver em paz” nesta região e destaca a importância destas comunidades para não ser “apenas uma memória histórica de arqueologia”.

“Os cristãos são as pedras vivas e é bom que mantenham as comunidades senão é apenas uma memória histórica de arqueologia e interessa manter vivas as comunidades. E que os peregrinos vão e tomem consciência que é preciso ajudar a Terra Santa”, disse frei Vitor Rafael, no programa Ecclesia transmitido hoje na RTP2.

Na entrevista, no âmbito do centenário da revista internacional ‘Terra Santa’, o comissário da Custódia da Terra Santa em Portugal explicou que os cristãos “têm sempre dificuldades”, “não é fácil viver naquele contexto judaico, árabe”, mas os cristãos – Ortodoxos, Arménios, Coptas, “procuram todos viver em paz”.

“Os cristãos na Terra Santa são poucos, as comunidades são pequenas, vivem no meio, às vezes, hostil mas têm a permissão de divulgar e manifestar a sua fé”, salientou.

Neste contexto, no espaço do Comissariado da Terra Santa em Portugal, no Seminário da Luz (Lisboa), frei Vitor Rafael explica que ali recebem as pessoas que procuram “ter informações sobre a Terra Santa”, as peregrinações que organizam, e para “adquirir objetos em madre pérola ou madeira de oliveira originais da Terra Santa”.

Os objetos de devoção, por exemplo, são “quase todos” das oficinas de Belém, da zona Palestina, feitos por artesãos das comunidades cristãs que depois de passarem para a Custódia da Terra Santa são enviados para Lisboa e outras partes do mundo.

O frade Franciscano destaca que são um “modo de subsistência para grandes famílias de cristãos” que, por causa da pandemia do coronavírus Covid-19, “estão com muitas dificuldades”.

“Este ano praticamente não houve peregrinos, os santuários estiveram fechados, abriram com muitas restrições também, e estes trabalhos são uma ajuda preciosa para as famílias”, desenvolveu o comissário da Custódia da Terra Santa em Portugal.

No próximo dia 13 de setembro, vai ser realizada a Coleta da Terra Santa para o ano de 2020, habitualmente realizado na Sexta-feira Santa adiada por causa da pandemia Covid-19, na proximidade da Festa da Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro), adiantou a Congregação para as Igrejas Orientais (Santa Sé), num documento enviado à Agência ECCLESIA no dia 1 de abril.

A coleta promovida pela Santa Sé junto das dioceses de todo o mundo acontece anualmente, recolhendo donativos para as comunidades que vivem na Terra Santa e para a manutenção dos lugares ligados à vida de Jesus e ao início do Cristianismo.

Os donativos são utilizados na construção de casas, no apoio aos pobres, cuidados de saúde, apoio a refugiados e preservação dos santuários, entre outros; Os territórios que beneficiam de várias formas de apoio da Coleta são a Palestina, Israel, Jordânia, Chipre, Síria, Líbano, Egito, Etiópia, Eritreia, Turquia, Irão e Iraque.

A revista internacional ‘Terra Santa’ que está a comemorar 100 anos esteve em destaque no programa ECCLESIA, transmitido esta tarde na RTP2, que conversou também com o diretor da edição em português, o padre João Lourenço, para além do comissário da Custódia da Terra Santa em Portugal.

HM/CB

 

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Agência ECCLESIA

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