Solidariedade: Diocese de Aveiro e diversas organizações enviam mais de 35 mil euros para a Ilha do Príncipe

Valor vai ajudar a criar «dois pequenos lares de acolhimento» para estudantes, para além da distribuição de cabazes pelas família

Aveiro, 08 jul 2020 (Ecclesia) – O padre Francisco Melo, sacerdote da Diocese de Aveiro em missão na Ilha do Príncipe, fez um “apelo” solidário que reuniu “35 343,81” euros para distribuir cabazes por famílias e ainda vai ajudar estudantes no próximo ano letivo.

“Já distribuímos 444 cabazes para ajudar as famílias das comunidades desta ilha, para além de outras ajudas dadas no centro da cidade de Santo António. O total gasto foi de 6922,80€”, explica o sacerdote numa mensagem de agradecimento, publicada pela Diocese de Aveiro.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, o padre Francisco Melo adianta que estão a preparar a “terceira volta” que vai apoiar “mais de trezentas” famílias e vão” reforçar um pouco o apoio dado com mais bens, nomeadamente leite para crianças”.

O pároco de Oliveira do Bairro e Palhaça está a colaborar na ilha africana lusófona desde 31 de dezembro de 2019, no âmbito de um acordo de colaboração entre as dioceses de Aveiro e de São Tomé e Príncipe, por exemplo, distribuiu alimentos com as Irmãs Servas da Sagrada Família e com um grupo de jovens.

Na sua mensagem, o padre Francisco Melo contabiliza que até ao dia 1 de julho as partilhas – “dos 5 aos 2000 euros”, somaram os mais de 35 mil euros, fruto da solidariedade de 309 pessoas e diversas instituições, desde logo a Diocese de Aveiro, mas também a Casa do Gaiato, um agrupamento de Escuteiros, a ONG ORBIS, a Cáritas Diocesana de Aveiro, paróquias e uma comissão de culto, e sacerdotes e diáconos.

O sacerdote aveirense adianta que para além do apoio alimentar e de higiene “aos mais fragilizados” o valor angariado “permite sonhar um pouco mais”, na ajuda a outras “dificuldades”, como “a distância que os alunos a partir do 10.º ano têm que fazer a pé para chegar à escola”, sendo “a formação e a educação são essenciais para o desenvolvimento integral da pessoa humana”.

Neste âmbito, vão “implementar, por um ano, dois pequenos lares de acolhimento” a esses estudantes, um para raparigas e outro para rapazes, “com alimentação incluída”, de segunda a sexta-feira, em casas que a paróquia possui e estão “desocupadas”.

“Destinar-se-ão aos que têm mais dificuldades e habitam nas comunidades mais distantes. Para este ano penso que a sustentabilidade estará garantida”, assinala o padre Francisco Melo, na mensagem publicada no sítio online da Diocese de Aveiro.

No “apelo” solidário, feito através do jornal diocesano de Aveiro ‘Correio do Vouga’ e dos meios digitais da diocese portuguesa, o sacerdote explicou que “em março tudo mudou” com a pandemia do coronavírus Covid-19 na Ilha do Príncipe, com “uma economia muito incipiente e assente quase exclusivamente no turismo, sofre de maneira especial esta crise, agravada com a sua dupla insularidade – tudo tem de passar primeiro pela ilha capital, São Tomé”.

CB/OC

 

 

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