Sociedade: Santa Sé quer «acesso universal às melhores oportunidades» de saúde

Presidente da Academia Pontifícia para a Vida deixa alertas em diálogo com bispos da América Latina

Cidade do Vaticano, 24 jun 2020 (Ecclesia) – O presidente da Academia Pontifícia para a Vida afirmou que é necessário garantir o “acesso universal às melhores oportunidades de prevenção, diagnóstico e tratamento” na saúde para todas as pessoas, no contexto da atual pandemia.

“É necessário garantir acesso universal às melhores oportunidades de prevenção, diagnóstico e tratamento, que não deve ser reservado apenas a poucos que têm sorte”, disse D. Vincenzo Paglia num encontro online realizado esta terça-feira, informa o portal ‘Vatican News’.

A iniciativa foi promovida pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), com sede em Bogotá (Colômbia).

O documento ‘Pandemia e fraternidade universal’, da Academia Pontifícia para a Vida, esteve no centro do encontro que contou também com o Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé) e representantes de Conferências Episcopais da América Latina – Colômbia, América Central, Cuba e México.

No contexto da pandemia de Covid-19, D. Vincenzo Paglia assinalou que a “distribuição de uma vacina” vai ser “um caso de teste importante, assim que estiver disponível”.

Para o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, é necessária uma “definição de pesquisa científica responsável” porque são vários os desafios.

“Os desafios são complexos e abrangem várias áreas, desde a integridade da pesquisa científica até sua liberdade em relação a questões de lucro económico”, acrescentou.

D. Carlos Garfias Merlos, arcebispo de Morelia (México), destacou a solidariedade e as respostas que a Igreja Católica pode dar às populações desalentadas, enquanto D. Elkin Alvarez da Colômbia referiu a grave “desarticulação das instituições” e a falta de respostas para as necessidades da população.

Na reunião online, D. Vincenzo Paglia anunciou que vão publicar outro documento sobre a saúde pública, intitulado ‘A Humana communitas na era da pandemia: reflexões sobre o renascimento da vida’.

O arcebispo italiano adiantou ainda que a academia da Santa Sé também está a trabalhar num texto dedicado aos anciãos, que são “as vítimas mais numerosas da pandemia”, recordando que o Papa Francisco disse que se está num “mudança de época” e “todo o horizonte da saúde deve ser repensado tanto a nível regional quanto internacional”, divulga o ‘Vatican News’.

CB/OC

 

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