Sociedade: Santa Sé apelou a políticas de igualdade entre mulheres e homens, na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa

Viena, 29 out 2020 (Ecclesia) – O representante da Santa Sé na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) apoiou a procura de igualdade entre mulheres e homens, destacando a importância da mulher para a consolidação da “paz sustentável e segurança”.

“A Santa Sé tem a convicção de que o primeiro passo para o progresso da igualdade entre mulheres e homens é o reconhecimento da importância da participação e do compromisso das mulheres em todos os aspetos da vida cultural, social, política e económica, oferecendo assim uma verdadeira visão da dignidade e das aspirações intrínsecas e inalienáveis das mulheres”, disse D. Janusz Urbańczyk, em Viena, divulga o portal ‘Vatican News’.

O representante permanente da Santa Sé junto organização manifestou o apoio à procura de igualdade entre mulheres e homens, segundo o ‘Plano de ação de 2004 da OSCE para a promoção da igualdade entre os sexos’, na terceira conferência de revisão sobre igualdade de género, realizada entre 27 e 28 de outubro.

“É através do reconhecimento e valorização da especificidade, riqueza e força moral e espiritual das mulheres que a paz sustentável e a segurança podem ser consolidadas”, explicou, salientando que quando as mulheres partilham os seus dons “o próprio modo como a sociedade se compreende e se organiza é melhorado, e vem a refletir melhor a unidade substancial da família humana”.

Segundo D. Janusz Urbańczyk, a Santa Sé tem a convicção que para se “progredir na plena e verdadeira igualdade entre homens e mulheres”, aspeto fundamental de uma sociedade justa e democrática baseada no estado de direito, deve concentrar-se “em passos concretos, práticos e diários, que reconheçam a contribuição das mulheres” e garantam “a paridade de retribuição para o mesmo trabalho, acesso igualitário a recursos, capital e tecnologia, proteção das mães trabalhadoras, progressão justa na carreira e partilha das responsabilidades familiares, e reconhecimento da igualdade de direitos e responsabilidades como cidadãos de um estado democrático”.

“Mesmo que mais mulheres nos parlamentos ou áreas de responsabilidade muitas vezes reflitam uma maior inclusão não é suficiente. As mulheres devem ser valorizadas por todas as suas capacidades, por seu ‘génio feminino, essencial para a sociedade’, mantendo sua especificidade”, acrescentou.

O representante permanente da Santa Sé junto da OSCE destacou a importância da valorização das especificidades femininas, citou o Papa Francisco, e lembrou que “a eliminação da diferença (entre homens e mulheres) cria um problema, não uma solução”.

D. Janusz Urbańczyk salientou também que é necessário o uso de uma terminologia precisa e uma linguagem consensual, “evitando interpretações longe do uso comum e geralmente aceito das palavras”.

O sítio online ‘Vatican News’ informa ainda que o representante da Santa Sé junto à OSCE convidou os participantes da terceira conferência de revisão sobre igualdade de género a referirem-se à Decisão MC 14/04 nos documentos da organização usando o título verdadeiro e original: ‘Plano de ação de 2004 da OSCE para a promoção da igualdade entre os sexos’.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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