Após ter implementado 77 unidades pastorais, diocese está a planear o próximo programa pastoral centrado nos jovens e no contributo que dão a comunidades «enfraquecidas»
Coimbra, 22 jan 2019 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou que, após a implementação de 77 unidades pastorais em toda a diocese, o próximo programa pastoral tem por objeto os jovens, os seus “ambientes” e o contributo que podem dar a comunidades “enfraquecidas”.
“Não é fácil viver a fé nos ambientes em que os jovens se situam. Há um clima que os deixa adormecidos e, mesmo que tenham fé, deixam de participar”, afirmou D. Virgílio Antunes.
Para o bispo de Coimbra, a diocese está apostada em “criar formas, métodos, dinamismos e meios” para que o “encontro com Cristo seja uma realidade na vida dos jovens”, com repercussões no “modo como estão na sociedade” e na “sua presença na Igreja”.
D. Virgílio Antunes considera que “não há uma Igreja hierárquica”, mas um “trabalho da comunidade cristã”, onde os jovens são “parte integrante”.
A Diocese de Coimbra está a terminar a execução de um Plano Pastoral, elaborado para três anos, encontrando-se agora num “ponto de partida para um trabalho alargado que tem por objeto os jovens”.
Com as Jornadas de Formação Permanente 2020, que terminam esta quinta-feira, em Coimbra, a diocese iniciou a elaboração do próximo plano pastoral em “dinamismo sinodal” e centrado nos temas dos jovens e no discernimento vocacional.
Para o bispo de Coimbra, dar prioridade aos jovens na Pastoral da Igreja é uma “questão de vida ou de morte”.
“Precisamos efetivamente de dar uma atenção muito especial à juventude”, disse D. Virgílio Antunes, referindo que a catequese da infância “dá alguns frutos” e a catequese de adultos, a pensar nas pessoas que “têm nas suas mãos o presente da sociedade, da família da comunidade cristã”, tem merecido também a aposta da diocese.
“Queremos que os jovens sejam protagonistas e não somente destinatários da ação evangelizadora dos jovens, sem dispensar a comunidade cristã, os adultos, a Igreja”, sublinhou.
Para o bispo de Coimbra, “todos hão de ter a sua possibilidade de se sentir integrados e membros ativos na comunidade”.
“Os jovens têm uma capacidade muito maior do que os adultos, pelo fator novidade, o fator esperança, a alegria, o olhar para o futuro com otimismo e isso é muito importante para as comunidades que, a pouco e pouco, foram decaindo e não sentem sequer forças suficientes para se levantar e caminhar”, afirmou.
O bispo de Coimbra referiu-se ao “caminho feito” de reorganização das paróquias e serviços pastorais diocesanos, onde os jovens estão integrados, têm “um lugar” e “fazem parte” das estruturas criadas.
Ao longo dos últimos anos, a Diocese de Coimbra promoveu uma reorganização territorial, com a redução dos arciprestados de mais de 20 para 10, e a criação de unidades pastorais, que são 77 em Coimbra.
Para D. Virgílio Antunes, o fundamental na reorganização diocesana não é só a geografia, mas o “dinamismo criado” e o “sentido de pertença”, que corresponde a uma “novidade para todos”, com reflexos na criação de uma Equipa de Animação Pastoral, onde o sacerdote não se sinta “sinta isolado”, mas inserido numa “dinâmica sinodal”.
O bispo de Coimbra apontou como exemplos de consequências práticas da reorganização diocesana a existência de um cartório paroquial único em cada unidade pastoral, o planeamento das Eucaristias, também animadas por leigos, o Dia da Unidade Pastoral, o crisma celebrado em cada unidade e a coordenação dos vários setores da pastoral.
PR