Sociedade: Igrejas unidas na defesa da «paz» e dos «migrantes e refugiados»

Representantes do Conselho Mundial de Igrejas e da Igreja Católica reuniram em Lisboa

Cidade do Vaticano, 18 set 2017 (Ecclesia) – O grupo de trabalho do Conselho Mundial de Igrejas (CIM) e da Igreja Católica vai apresentar “recomendações pastorais” sobre a paz e os migrantes e refugiados para “uma maior unidade” em abordar áreas de interesse vital”.

“O papel da cultura, da religião e do diálogo na construção da paz e os desafios e oportunidades de cooperação ecuménica sobre migrantes e refugiados” foram temas discutidos “em profundidade”, explica o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

O grupo de trabalho conjunto esteve reunido entre 12 e 15 de setembro na Casa Mãe da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitais da Imaculada Conceição, em Linda-a-Pastora, no Patriarcado de Lisboa.

No comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, informam que formaram dois grupos temáticos sobre a “construção da paz” e as “preocupações” com os migrantes e os refugiados.

Sobre a construção da paz o propósito foi identificar as “contribuições positivas” que as igrejas podem juntar para a resolução de conflitos e a prevenção da violência, tendo sido reconhecido que a cultura, a religião e o diálogo “podem ser mal utilizados para provocar violência e conflitos”.

“Há uma consciência crescente entre as comunidades de fé de que a construção da paz precisa do envolvimento construtivo das igrejas”, explica o comunicado, por isso, é importante “aproveitar” os exemplos bem-sucedidos de cooperação ecuménica.

Quando ao tema dos migrantes e dos refugiados realçam que é um “sinal significativo dos tempos”, o que exige uma resposta comum de todas as igrejas e a “cooperação” com quem trabalham no terreno.

“A migração sempre fez parte da história humana mas a realidade atual da migração forçada, a rejeição dos refugiados e as atitudes racistas são, cada vez mais, preocupantes para as igrejas”, desenvolve o comunicado do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos que manifesta empenhado em “fortalecer uma cultura de abertura e inclusão”.

Com o objetivo de levar as Igrejas a “uma maior unidade para abordar áreas de interesse vital” vão ser apresentadas recomendações pastorais.

No mandato atual (2014-2021) o grupo de trabalho conta com 20 membros e é presidido por dois moderadores representantes do Conselho Mundial de Igrejas e da Igreja Católica: Metropolitano Nifon de Targoviste, da Igreja Ortodoxa Romena, e pelo arcebispo de Dublin e primaz da Irlanda, D. Diarmuid Martin.

O Grupo de Trabalho Conjunto (Joint Working Group – JWG) foi criado em 1965 para monitorizar e fortalecer a cooperação entre o Conselho Mundial de Igrejas e a Igreja Católica, informa o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

A reunião realizada entre 12 e 15 de setembro contou com o apoio da Comissão Ecuménica da Conferência Episcopal de Portugal, presidida por D. Manuel Linda, e incluiu um encontro com representantes das igrejas em Lisboa e uma visita ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima.

CB

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