Sociedade: Igreja Católica deve dar motivos de esperança aos portugueses, diz bispo

Lisboa, 06 jun 2012 (Ecclesia) – A Igreja Católica deve dar confiança aos portugueses e contribuir para atenuar o clima de inquietação que se vive na sociedade, considera D. João Lavrador, um dos bispos auxiliares do Porto.

“Em cada época da história a Igreja deu motivos de esperança à humanidade e é com eles que hoje queremos iluminar o nosso tempo e a nossa cultura”, sublinhou o prelado em declarações publicadas hoje no site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

O responsável espera que a 8.ª Jornada da Pastoral da Cultura, marcada para 22 de junho em Fátima, lance “alegria e esperança profundas na sociedade portuguesa, caracterizada por alguma tristeza, melancolia e apreensão, particularmente na dimensão económica, que influencia toda a existência humana”.

Referindo-se aos conferencistas convidados para o encontro, entre os quais Manuel Alegre, Joana Carneiro, Emília Nadal e Nuno Carinhas, o prelado afirmou que é “inevitável” a Igreja dialogar com personalidades de diferentes expressões artísticas e posicionamentos face ao catolicismo.

“Sendo crente ou não crente, sendo alguém que tem Deus mais presente na sua vida ou que o coloca como interrogação, sendo aquele que o perspetiva a partir da arte ou que o vê por uma réstia de luz que a sua razão lhe possa oferecer, todos estamos irmanados nas mesmas perguntas e procuras que se colocam à humanidade”, disse.

A jornada, dedicada ao tema ‘Há uma alegria e uma esperança para nós – O diálogo com a cultura no espírito do Concílio’, centra-se na ‘Gaudium et spes’ (‘alegria e esperança’), um dos documentos mais importantes do Vaticano II (1962-1965).

O encontro, sustentou D. João Lavrador, vai permitir redescobrir o “dinamismo, profetismo e carga de esperança” dos textos conciliares, servindo também para verificar que a sua aplicação na vida da Igreja “ainda tem muito para alcançar”.

A constituição ‘Gaudium et spes’ “é um documento que começa com uma proposta extraordinária de diálogo com o mundo, apresentando o que genuinamente a Igreja tem para oferecer: a alegria e a esperança que Cristo lhe dá”, assinalou.

O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, dirigido pelo padre e poeta José Tolentino Mendonça, está integrado na Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, constituída pelos bispos D. Pio Alves (presidente), D. João Lavrador e D. Nuno Brás (vogais).

RJM

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