Apresentação do documentário «Mudar pelo Planeta, Cuidando das Pessoas – Histórias de Mudança»
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Lisboa, 10 nov 2017 (Ecclesia) – A Fundação Fé e Cooperação (FEC) apresentou o manifesto e o documentário «Mudar pelo Planeta, Cuidando das Pessoas» com histórias de mudança ligadas ao ambiente/agricultura, à sustentabilidade e à ecologia integral, e já provocou alterações na vida das pessoas.
“A começar por nós, FEC, na Associação Casa Velha. Não quer dizer que seja uma grande revolução exterior mas mudou forma de olhar para as coisas, de pensar, sobretudo com humildade de perceber que é preciso mudar devagarinho, dentro da nossa realidade, e não é fazer revolução fora do mundo”, disse Margarida Alvim, esta quinta-feira, no Largo do Intendente, em Lisboa.
Em declarações à Agência ECCLESIA, a engenheira florestal observa que “muitas vezes” os exemplos de mudança e sustentabilidade “são mostrados como algo inatingível”.
Já no documentário são apresentados testemunhos com “pessoas normais de todas as formações, idades” – Portugal, Espanha, Filipinas, Bélgica, Canadá, Inglaterra – e Margarida Alvim considera que “era muito bom” que quem o veja pense nessas realidades porque “encaixa em qualquer história de vida”.
“Não ficar à espera das cimeiras, que são importantes e é esforço global de encontrar um caminho para o bem-comum, mas perceber que isso acontece se fizermos pequenas cimeiras do clima em casa”, frisou.
O documentário ‘Mudar pelo Planeta, Cuidando das Pessoas – Histórias de Mudança’ contou com a realização de Patrícia Pedrosa que ficou marcada pelas histórias que ajudou a contar e o processo de mudança na vida familiar já começou há um ano.
“Deixei de comprar pão no supermercado, tem tantos químicos, aditivos, agora olho muito bem para os ingredientes. Começamos a comprar legumes a um produtor, recebemos todas as semanas um cabaz e os legumes vêm na época em que existem, a fruta tem sabor”, exemplificou, contando que o marido também vai de bicicleta para o trabalho.
Patrícia Pedrosa, que também economiza mais na água, realça que “não foram mudança radicais”: “Não fomos viver para a serra isolados numa quinta. Não vamos estar à espera que os outros façam por nós.”
A FEC explica que as histórias portuguesas são de um agricultor, uma mãe preocupada com o ambiente e a saúde, o padre Samuel Guedes (Diocese do Porto) e os sabores paroquiais, uma voluntária preocupada em refletir sobre ecologia e ecologia integral, uma jovem estudante para quem as questões do ambiente começam no tempo que se dedicam aos outros.
“Uma novidade foi perceber que a sustentabilidade não tem a ver só com ambiente aqui introduziu-se o relacionamento humano, ser simpático com as pessoas, cuidar uns dos outros”, acrescenta ainda Margarida Alvim da Fundação Fé e Cooperação.
Também foi apresentado o manifesto ‘Mudar pelo Planeta, Cuidando das Pessoas’ com ilustrações de Ketta Cabral que tentou fazer a ligação com o documentário “para que não fossem vistos de forma separada”.
“As ilustrações não têm mensagem óbvias. É preciso renovar o olhar e as ilustrações são para renovar, refletir e agir”, disse a artista timorense que usou a técnica de monoimpressão e tem as mais de 50 folhas usadas “guardadas para usar novamente”.
O documentário e o manifesto foram produzidos no âmbito do projeto ‘Juntos pela Mudança’ promovido pela Fundação Fé e Cooperação com o apoio do Instituto Camões, em parceria com a Associação Casa Velha – Ecologia e Espiritualidade e a Rede católica europeia CIDSE.
CB