Ativista Olivia Maurel deu testemunho enquanto filha de barriga de aluguer
Itália, 06 abr 2024 (Ecclesia) – O movimento “Declaração de Casablanca”, que defende a proibição de barrigas de aluguer, promoveu esta sexta-feira e sábado, em Roma, uma conferência internacional, com o objetivo de levar governos a proibir a prática.
“Não devemos esquecer as nossas comunidades que sempre consideraram a família como uma responsabilidade alegre. Cabe-nos a nós encontrar uma forma de convencer o mundo da beleza da família. Temos de continuar a encontrar um terreno comum para promover a família como um dom e não como uma mercadoria”, afirmou o presidente da Federação das Associações de Famílias Católicas na Europa (FAFCE), Vicenzo Bassi.
De acordo com comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA pela FAFCE, nestes dois dias estiveram reunidos oradores de várias origens e áreas de especialização.
No resumo dos trabalhos de quinta-feira, Vicenzo Bassi referiu que os participantes não se reuniram guiados por uma ideologia: “Somos todos de culturas diferentes, de religiões diferentes, de ideias políticas diferentes, mas somos inspirados a vir aqui por causa desta realidade”.
No primeiro dia da iniciativa, Olivia Maurel, ativista francesa que nasceu de uma barriga de aluguer, contou a sua história, nomeadamente o sofrimento que diz ter sofrido quando era criança, alertando para impacto que prática pode ter nas crianças.
Ao longo do dia, académicos, escritores, representantes políticos passaram pela conferência, que prosseguiu este sábado sob a moderação de Nicola Speranza, Secretário-geral da FAFCE.
Antes do início do encontro, na sexta-feira, os representantes da Federação das Associações de Famílias Católicas na Europa e da Declaração de Casablanca reuniram-se com o Papa Francisco e, separadamente, com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé.
Segundo informa a FAFCE, os dois “reiteraram o seu total apoio à campanha para estabelecer uma abolição universal da barriga de aluguer, protegendo as mulheres e as crianças da exploração”.
A Federação das Associações de Famílias Católicas da Europa representa associações nacionais e locais e apresenta-se como “a voz das famílias numa perspetiva católica”.
LJ