Síria: Vaga de frio ameaça populações, denunciam responsáveis católicos

Menina que morreu nos braços do seu pai tornou-se símbolo do sofrimento de milhares de pessoas

Cidade do Vaticano, 18 fev 2020 (Ecclesia) – O arcebispo greco-melquita de Alepo, na Síria, alertou para o risco que correm milhares de pessoas na região, por causa da vaga de frio, em particular as populações que fogem dos combates entre rebeldes e forças governamentais.

“A temperatura chegou aos sete graus negativos, à noite”, relata ao ‘Vatican News’ D. Jean-Clément Jeanbart, que vendeu o seu carro para ajudar 500 famílias carentes.

O responsável católico faz eco da denúncia do Papa, que este domingo, falou da criança que morreu por causa do frio, nos braços do seu pai, a caminho do hospital de campanha, num campo de refugiados.

“Pensemos nas guerras, nas suas consequências, pensemos naquela menina que morreu de frio na Síria”, disse Francisco, antes da recitação do ângelus.

Para o arcebispo greco-melquita de Alepo, a história de Iman é a imagem de um drama que parece não ter fim.

D. Jean-Clément Jeanbart pede às organizações internacionais que “continuem a ajudar para aquecer as casas, ajudar um pouco as pessoas a suportar este frio, que mata”.

“Existe um grande drama, um grande sofrimento na Síria, que envolve crianças e também idosos, porque eles também têm necessidade de se aquecer”, acrescentou.

OC

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Agência ECCLESIA

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