Confederação de organizações católicas procura articular ajuda aos desalojados que necessitam de comida, roupa quente a abrigos
Roma, 08 fev 2023 (Ecclesia) – O terramoto que atingiu esta segunda-feira o noroeste da Síria e a Turquia com uma magnitude de 7,8, afetou uma área onde 4,1 milhões de pessoas já dependiam da assistência humanitária.
“O terramoto atingiu áreas já numa situação humanitária difícil e as duras temperaturas de Inverno e a destruição ou danos graves em estruturas – incluindo vários hospitais – e estradas complicam ainda mais as operações humanitárias”, confirmou o diretor-executivo da Caritas da Síria, Riad Sargi, num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
Dois violentos sismos, de 7,8 e 7,5 na escala de Richter, provocaram, até ao momento, mais de 9600 vítimas mortais, feridos, desalojados e desaparecidos, além de elevados danos materiais, num balanço que se tem vindo a agravar diariamente.
A instituição de ação social da Igreja católica confirma que entre as pessoas deslocadas, a sua maioria são “mulheres e crianças”, que encontraram abrigo em escolas e salões, enquanto o número de vítimas mortais e os feridos continuam a aumentar à medida que avança a procura de pessoas desaparecidas entre os escombros de edifícios e casas destruídas.
“Os hospitais, em algumas das zonas mais duramente atingidas, ficaram sobrecarregados com os feridos do terramoto”, pode ler-se.
A Caritas Síria procura abrir abrigos para acolher os mais necessitados e prestar ajuda com artigos de socorro, nas zonas de Aleppo, Hama e Lattakia.
“Está muito frio e continua a chover e a nevar. Muitos perderam as suas casas e mesmo aqueles que ainda têm uma casa não estão a regressar a ela por medo de novos choques”, explica diretor-executivo da Cáritas da Síria.
A instituição dá conta da necessidade de “artigos de alívio e abrigos para os cidadãos”, e fala na falta de “comida e combustível”.
A Confederação da Cáritas Internacional está, em coordenação com a Cáritas da Síria e da Turquia, a procurar desenvolver esforços para “aliviar necessidades e prestar assistência às pessoas afetadas por esta tragédia”.
Na Turquia, as províncias do sudeste do país, incluindo Kahramanmaraş, Hatay, Osmaniye, Adıyaman, Gaziantep, Şanlıurfa, Diyarbakır, Malatya e Adana foram afetadas pelo terramoto e 42 tremores de terra, o maior dos quais de magnitude 6,6.
A Diocese da Anatólia foi fortemente afetada pelo terramoto, a catedral de Iskenderun foi totalmente destruída e os escritórios da Caritas Anatólia foram “severamente danificados”, especifica o comunicado.
A Caritas Turquia procura trabalhar com as autoridades locais para “recolher informações e organizar uma resposta humanitária”, tendo aberto uma “linha direta do Centro de Escuta para fornecer apoio e assistência às pessoas afetadas pela catástrofe”, mantendo ainda equipas que procuram reunir “pessoas deslocadas em espaços seguros e abertos” para providenciar “refeições e roupas quentes”.
A Confederação da Cáritas, combinando esforços para dar “assistência humanitária às pessoas mais necessitadas”, pede ainda “apoio contínuo e orações da comunidade internacional” de forma a “aliviar o sofrimento das pessoas na Síria e na Turquia neste momento”.
LS
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