Lisboa, 23 jan 2015 (Ecclesia) – O padre jesuíta sírio Ziad Hilal revelou à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), depois de “um sangrento atentado” com um carro bomba, na cidade de Homs, na Síria, que o objetivo era atacar os jovens.
“A maioria eram estudantes da universidade, jovens que não tinham abandonado a cidade. Qual é a mensagem deste atentado? Na minha opinião, o objetivo eram precisamente os jovens”, analisou esta quinta-feira, divulga a AIS num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O padre da Companhia de Jesus (jesuítas) Ziad Hilal explicou que um carro-bomba explodiu numa rua movimentada no centro da terceira maior cidade da Síria, Homs, fazendo 15 mortos e “pelo menos cinquenta pessoas feridas”, algumas com gravidade onde também se contam cristãos.
“O ataque ocorreu muito próximo da nossa igreja e do nosso centro de ajuda. Desconhecemos quem está por trás do ataque mas foi uma tragédia, as imagens são horríveis”, relatou o sacerdote sírio que está a visitar as famílias das vítimas para “tentar” dar-lhes algum consolo.
A Fundação pontifícia AIS destaca também que o padre jesuíta revelou-se “desiludido” com a “falta de qualquer reação” dos meios de comunicação social internacionais.
“Depois dos ataques em Paris todos os olhos estavam postos em França. E aqui? Tanto quanto sei, não houve nenhuma reação ao que aconteceu aqui. Nem uma palavra. Apenas silêncio. A Sírio e o sofrimento quotidiano do povo Sírio foram esquecidos”, desenvolve.
Nesse sentido, o padre Ziad Hilal apela “ao mundo inteiro, especialmente aos benfeitores da AIS” que rezem pela Síria, sobretudo pelas vítimas deste “dramático ataque e pelas suas famílias”.
O trabalho humanitário do sacerdote jesuíta é apoiado pela AIS e “graças” aos seus centros foram distribuídos alimentos, roupa e artigos de higiene a milhares de pessoas, “independentemente da sua religião ou ideologia política”, acrescenta comunicado.
CB