Sínodo: «Alegria» e «companheirismo» dominaram sala Paulo VI, descreve equipa de comunicação

Integrantes da Comissão de Comunicação do Sínodo 2021-2024 fazem balanço da experiência no Vaticano

Foto Ricardo Perna

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Vaticano, 31 out, 2023 (Ecclesia) – O padre Paulo Terroso e Leopoldina Simões, da equipa de comunicação portuguesa do Sínodo dos Bispos, destacaram o bom ambiente vivido na sala Paulo VI, no Vaticano, a propósito do encerramento da primeira sessão da assembleia sinodal.

“Acho que a alegria era visível. Era notoriamente visível a alegria, a boa-disposição e o resultado está aí”, descreveu o sacerdote da Arquidiocese de Braga, em entrevista à Agência ECCLESIA, no domingo, dia seguinte à aprovação do documento de síntese do Sínodo.

Leopoldina Simões destacou o respeito com que os participantes lidaram uns com os outros: “O ambiente foi verdadeiramente bom, mesmo nos assuntos que depois podiam ser um bocadinho mais polémicos”.

Segundo sacerdote, no dia de apresentação do documento, apesar do cansaço dos participantes, era visível o “companheirismo”.

Foto: Ricardo Perna

Uma das novidades do Sínodo foi a nova disposição da Aula Paulo VI com mesas circulares, que juntaram homens e mulheres em diálogo.

Para o padre Paulo Terroso, o “espaço também transforma as pessoas” e contribui para a relação e a “escuta uns dos outros e do Espírito Santo” que, segundo o entrevistado, “era isso que se pretendia”.

Terminada a primeira sessão sinodal, Leopoldina Simões, profissional de assessoria de imprensa e membro da Comunicação do Sínodo 2021-2024, defende que leva desta experiência os sentimentos de “perseverança e esperança”.

“Acho que não podemos desistir daquilo que conseguimos até agora. É o principal que agora, nos nossos países, à escala mundial, cada uma das pessoas que aqui esteve, saiba contar o que aqui sucedeu e o que ainda se espera”, salientou.

“Confirmação e consolação espiritual”, são as palavras que o padre Paulo Terroso utilizou para descrever a experiência.

“Emocionei-me na leitura de alguns textos, emocionei-me, por exemplo, também na Vigília Ecuménica”, explicou o sacerdote português.

“Ao fim de estarmos aqui nas mesas, vou sentir saudade de não estar com pessoas. Mas levo esta consolação, esta confirmação de um caminho feito até agora e que o resultado está aí. Mas há muito ainda caminho a fazer. Portanto, levo alegria, levo paz, levo confiança”, concluiu.

Os trabalhos do Sínodo, que tiveram como tema ‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”, terminaram no último sábado, com a aprovação do documento síntese.

O Papa Francisco decidiu que vai haver uma segunda etapa, em 2024.

OC/LJ

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Agência ECCLESIA

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