Assembleia Plenária dos bispos católicos, em Fátima, começou com um «rito de início do processo sinodal»
Fátima, 08 nov 2021 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse hoje em Fátima que o processo sinodal convocado pelo Papa Francisco, a decorrer até outubro de 2023, tem de promover a escuta de toda a Igreja, “a partir das suas bases”.
“Trata-se de um caminho de oração e reflexão, para escutar a voz de Deus e o sentir da Igreja, a partir das suas bases – paróquias, movimentos, instituições de consagrados e leigos – num propósito de transformação e conversão pastoral”, precisou D. José Ornelas, no discurso de abertura da 201ª Assembleia Plenária da CEP, que decorre até quinta-feira.
O encontro começou, de forma simbólica, com um breve “rito de início do processo sinodal”.
O bispo de Setúbal indicou que o tema vai estar presente nos trabalhos dos responsáveis católicos, envolvidos na atual fase diocesana do Sínodo 2021-2023.
“O resultado desta primeira fase de auscultação irá até agosto de 2022, a qual inclui um processo idêntico ao nível de cada Conferência Episcopal e seguidamente continental, antes da assembleia sinodal dos bispos em outubro de 2023”, acrescentou.
A auscultação das Igrejas locais é uma etapa inédita, desenhada pelo Papa Francisco, que pediu a cada bispo que replicasse a celebração de abertura que decorreu no Vaticano, a 9 e 10 de outubro, com uma cerimónia diocesana.
D. José Ornelas destacou ainda a peregrinação dos Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pelas dioceses do país, que começou no Algarve.
“Estes percursos de sensivelmente um mês em cada diocese pretendem mobilizar os jovens e toda a Igreja em Portugal para a JMJ, incluindo ainda um apelo aos jovens de todo o país, bem como das outras Igrejas cristãs e credos, a participarem no acolhimento e encontro dos jovens de todo o mundo que terá lugar em Lisboa, de 1 a 6 de agosto de 2023”, explicou.
O presidente da CEP anunciou a aprovação, pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (Santa Sé), da tradução do novo Missal Romano para a Igreja em Portugal.
“Deixo um agradecimento muito especial a D. José Cordeiro, à Comissão de Liturgia e Espiritualidade, ao Secretariado Nacional de Liturgia e a tantos colaboradores que, com competência e tenacidade, levaram a bom termo este longo processo tão relevante para a vida da Igreja em Portugal e nos países lusófonos”, afirmou.
O bispo de Setúbal evocou, na sua intervenção, D. Basílio do Nascimento, bispo de Baucau (Timor-Leste), falecido a 30 de outubro.
“Recordamos com saudade a sua presença entre nós, em particular na Arquidiocese de Évora, como sacerdote e, de modo especial, a fecunda e corajosa ação pastoral na sua Diocese e de clarividente atividade na jovem nação timorense”, realçou D. José Ornelas.
OC