O Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, o Governo Civil de Beja, a Institución Cultural “Fernando el Católico” (Diputación Provincial de Zaragoza) e a Delegación de Património del Obispado de Tarazona promovem a realização, nesta Quinta-feira, dia 30 de Abril, na igreja de Nossa Senhora dos Prazeres/Museu Episcopal, em Beja, do I Simpósio Luso-Aragonês de História da Arte. Esta iniciativa chama a atenção para uma herança cultural comum, pouco estudada até agora, mas que assume grande destaque na identidade de Portugal e de Aragão. Além de revisitar o passado, o encontro propõe pistas de reflexão em torno de problemas que se fazem hoje sentir com acutilância, como o inventário e a salvaguarda dos monumentos de carácter religioso ou a reutilização das fortalezas medievais no âmbito de rotas turísticas. Portugal e Aragão encontram-se “unidos por laços históricos muito antigos, que jogaram um papel importante no equilíbrio geoestratégico das várias nações da Península Ibérica. Estes vínculos acentuaram-se, de maneira notável, com o casamento, celebrado em Trancoso em 1288, do rei D. Dinis com a infanta D. Isabel, filha de Pedro III de Aragão e Constança da Sicília” – sublinha um comunicado enviado à Agência ECCLESIA Figura marcante da história peninsular, D. Isabel, a Rainha Santa, desempenhou um papel fundamental nas relações diplomáticas entre Portugal, Aragão e Castela, e contribuiu decisivamente para a rede assistencial portuguesa. “Promoveu também vasto mecenato artístico, atraindo artistas e artífices aragoneses e catalães ao nosso país, como foi o caso do célebre escultor Mestre Pêro, activo em Coimbra e depois em Évora, cujas obras se estenderam a todo o território nacional e à Galiza. Figuras próximas da rainha, como a princesa bizantina D. Vataça, senhora de Santiago do Cacém e Panóias, colaboraram activamente neste processo de integração cultural, que teve um dos seus epicentros no Alentejo” – realça. Programa SIMPÓSIO LUSO-ARAGONÊS DE HISTÓRIA DA ARTE Conferências – Manuel Gracia Rivas – «A Rainha Santa Isabel e a Aliança entre Aragão e Portugal – Reflexos Históricos, Culturais e Religiosos» – Miguel Antonio Franco Garza – «A Conservação dos Bens Culturais da Diocese de Tarazona (Zaragoza)» – Wifredo Rincón Garcia – «Iconografia dos Santos Aragoneses relacionados com Portugal» – Manuel Jiménez González – «A Salvaguarda e a Valorização dos Castelos Aragoneses» – José António Falcão (sessão de encerramento) – «D. Vataça e a Arte Luso-Aragonesa»