Setúbal: Prática religiosa baixa na região motiva aposta na evangelização

Responsável pela catequese desafia evangelizadores ao «testemunho de vida e de fé»

Setúbal, 23 out 2015 (Ecclesia) – O responsável pelo Secretariado da Catequese na Diocese de Setúbal disse que Igreja sadina tem “um grande desafio ao nível da evangelização” e destaca a importância do "testemunho de vida e de fé" do catequista. 

“A Igreja é uma minoria e não obstante uma cultura cristã muito forte há uma diversidade de caminhos e temos de ajudar na descoberta e a aprofundamento de fé e integração na comunidade”, explica o padre Rui Gouveia à Agência ECCLESIA.

Quem vive na Península de Setúbal não vive a sua fé de forma integrada, nas paróquias, por exemplo, o que motiva a uma aposta na evangelização.

Numa diocese onde o número de batismos de adultos tem vindo a aumentar, devido a um desafio de “gente à espera de ouvir a boa notícia”, há esforços a ter em conta.

“As paróquias da malha urbana têm-se mobilizado para se tornarem abertas aos que vão chegando e a aposta na formação dos catequistas são notórias”, confirma o responsável pelo Secretariado da Catequese.

Na perspetiva do padre Rui Gouveia o testemunho de vida e de fé do catequista são pontos essenciais para o sucesso da evangelização.

“O catequista tem de ter uma vida cristã integrada pois se não vive o que proclama então não é testemunho”, observa, acrescentando que ainda “é convidado a saber olhar as pessoas, discernindo o caminho para ajudar a florescer a fé em cada um”.

Segundo o responsável, o número de catequistas expressa a “vitalidade de uma paróquia” e vai havendo novo recrutamento de catequistas.

“A formação é exigente, requer dedicação e assiduidade e uma ótima disposição para evangelizar”, acrescenta, na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, dedicado à Diocese de Setúbal.

A Diocese de Setúbal tem das práticas religiosas mais baixas do país e é “terra para quem quer evangelizar”, incentiva o padre Rui Gouveia que deu como exemplo o curso de formação de catequistas que concluiu em 2014, durou três anos, “tendo terminado com 33 pessoas”.

“Foi o desabrochar da vocação do catequista, ganhar conhecimento e experiencia que capacita e rasga os seus horizontes, ficando um catequista apto. É um aspeto muito positivo e um alento para a pastoral vocacional diocesana”, analisou o também responsável pelo setor vocacional e coordenador de uma equipa de consagrados, casais e leigos.

O padre Rui Gouveia disse ainda que um dos grandes desejos da diocese sadina é ter no seu território um convento de vida contemplativa e rezam para que aconteça.

O programa 70X7, deste domingo, às 11h30, na RTP2, é dedicado à Diocese de Setúbal no contexto da ordenação do seu terceiro bispo, D. José Ornelas.

JCP/SN/CB

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