«O contacto com estes símbolos não deixa ninguém indiferente» – Catarina Barreto
Setúbal, 02 nov 2022 (Ecclesia) – A 13ª etapa da peregrinação nacional dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) está a decorrer na Diocese de Setúbal, até 1 de dezembro, permitindo a muitos jovens ter a oportunidade de tocar pela primeira vez na Cruz e no Ícone mariano.
“O contacto com estes símbolos não deixa ninguém indiferente: a Cruz foi um momento mais curto, mas o Ícone foi muito especial, consegue-se perceber que são símbolos, certamente, como outros que temos, mas há ali história, há ali muita vida e há muita fé de muita gente que foi carregando e que foi passando esses símbolos e que se consegue sentir ali”, referiu Catarina Barreto, da Paróquia de Santa Maria da Graça e São Julião, à Agência ECCLESIA.
Nas paróquias da Vigararia de Setúbal os símbolos estão a ser recebidos com entusiasmo e alegria, os jovens têm oportunidade de tocar e transportar a Cruz e o Ícone que foram oferecidos pelo Papa São João Paulo II, o fundador da JMJ, à juventude.
“É um sonho! Estes símbolos já viajaram mais do que eu na vida, poder tocar, poder estar presentes em vários momentos, temos essa possibilidade de estar em vários momentos, há quem só possa estar em alguns, é um sonho”, disse Patrícia Branquinho, da Paróquia de Nossa Senhora da Anunciada, que vai participar, pela primeira vez, numa Jornada.
Vasco Gonçalves já tinha visto os símbolos da JMJ, umas vezes mais perto outras mais longe, nas quatro jornadas onde participou, “mas nunca tinha tido oportunidade de tocar nos símbolos”.
“É único. Tê-los aqui, na nossa terra, na nossa vigararia, nas nossas comunidades, só vamos viver isto provavelmente uma vez na vida”, acrescentou.
Mariana Santana, de 25 anos, estuda Edução Básica no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), sublinha que “receber os símbolos é uma oportunidade única” para os católicos, para além de “levar Jesus ao outro”, adiantando que a expetativa para participar pela primeira vez numa JMJ “está muito alta”.
“As pessoas veem este aparato, já aconteceu várias pessoas pararem – ‘O que é isto, porque é que estás aqui hoje’ – e mais que não seja tem esse efeito de nos fazer pensar”, desenvolveu a jovem que também faz parte do Centro de Estudantes do Ensino Superior de Setúbal (CEESS), criado pelo Salesianos.
Sofia Costa, coordenadora do Comité Organizador Vicarial (COV) de Setúbal, vai participar na sua primeira JMJ, depois de ter feito a preparação para a edição de Cracóvia, em 2016, mas não ter viajado, esperando umas jornadas “vividas com muita intensidade”, depois da pandemia de Covid-19 que fez com que fossem adiadas um ano.
“Com a graça de termos a presença do Papa, de termos todos os jovens aqui no nosso país, um momento de conversão, de união, um momento de paz e fraternidade”, desenvolveu a jovem da Paróquia de São Paulo.
Vasco Gonçalves lembra que após a pandemia a sociedade vive “a questão da guerra” e agora também a da “inflação”, “tempos muito difíceis” nos últimos dois anos, por isso, destaca o “sinal de esperança” que levam com os símbolos às comunidades.
Mesmo perante estes momentos difíceis que estamos a viver todos, não só enquanto comunidade local, mas enquanto sociedade em geral, há sempre um caminho, há sempre uma oportunidade de salvação, e há sempre uma mensagem de esperança que se pode dar e os símbolos da Jornada Mundial da Juventude e a presença dos símbolos aqui em Setúbal representam mesmo isso”.
Catarina Barreto explica que preparação para a JMJ Lisboa 2023 está “a ser muito mais intensa” do que foi a participação e a preparação nas jornadas de 2011, em Madrid, “mas sobretudo está a ser uma grande graça”.
“É um desafio muito grande, muitas vezes sentimos que há muita ‘pressa no ar’ e que realmente não há tempo a perder para termos tudo pronto, no entanto é uma grande graça termos as Jornadas connosco. E aproveitarmos para darmos aos jovens, aos outros jovens também a possibilidade de viver uma grande experiência com Cristo”, acrescentou a entrevistada que também integra o Movimento Juvenil Salesiano (MJS).
Os jovens e as comunidades paroquiais das sete vigararias de Setúbal vão levar a cruz e o ícone mariano “para espaços públicos, para instituições, para estações de comboio, vão às universidades”, de acordo com cada realidade e com aquilo que sentem que esta presença “pode ser uma mais-valia” para a preparação da JMJ Lisboa, que se realiza de 1 a 6 de agosto de 2023.
CB/OC
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