Setúbal: Jornada de formação do clero ajudam a «enriquecer» um ministério que nunca está «terminado»

Iniciativa desafia sacerdotes a refletirem acerca das mudanças na liturgia operadas a partir do Concílio Vaticano II

Setúbal, 21 jan 2014 (Ecclesia) – Atualização e comunhão são duas palavras que marcam a jornada de formação do clero da Diocese de Setúbal, que está a decorrer no Seminário de São Paulo, em Almada.

Em entrevista concedida hoje à Agência ECCLESIA, o padre Júlio Ferreira do Vale, da paróquia da Arrentela, destaca a importância do evento para os sacerdotes tomarem “aprofundarem a graça do seu ministério” e para o irem “enriquecendo”, uma vez que não se trata de “um ministério terminado”.

O sacerdote, ordenado há quase 22 anos, salienta também “a partilha de experiências” que carateriza este tipo de encontros, uma “riqueza” que serve também para lembrar que ninguém é “padre isolado” e que o ministério sacerdotal “não é um ministério privado”.

Subordinada à temática da liturgia, as jornadas de formação do clero deste ano desafiam os sacerdotes de Setúbal a refletirem acerca das mudanças operadas a partir do Concílio Vaticano II e da Constituição Sacrosanctum Concilium, dedicada especificamente a esta matéria.

A iniciativa prossegue um debate iniciado em 2012 e continuado em 2013, com a abordagem a outros três documentos do Concílio, a Constituição Dogmática “Lumen Gentium” (Luz dos Povos), sobre a Igreja; a Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” (As alegrias e as esperanças) sobre a ação da Igreja no mundo moderno; e o Decreto “Apostolicam auctuositatem” dedicado ao apostolado dos leigos.

O padre José Pinheiro, da paróquia da Cova da Piedade, em Almada, considera que a grande mais-valia destas jornadas é o facto de darem ao clero a oportunidade de “reciclarem” conhecimentos e “aprofundarem temas importantes do seu ministério”.

“Estes encontros quebram as nossas rotinas e abrem o leque de novos pensamentos, novas teses que vão aparecendo na área da teologia e não só”, conclui.

Para ajudar os padres no seu discernimento, a Diocese de Setúbal recorreu a diversos especialistas na área da liturgia e da comunicação católica, como o padre António Rego, antigo diretor do Secretariado das Comunicações Sociais da Igreja Católica; e o cónego António Ferreira dos Santos, responsável pelo setor da Liturgia na Diocese do Porto

LS/JCP

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top