Setúbal: 35 famílias do Bairro de Vila Maria continuam sem luz e água

Reunião na Câmara Municipal decorreu sem a presença de representantes da paróquia e das populações

Setúbal, 09 abr 2014 (Ecclesia) – O pároco de Nossa Senhora da Conceição, em Setúbal, lamentou hoje que a paróquia tenha sido ignorada na reunião que decorreu esta terça-feira para resolver a situação das famílias de Vila Maria que estão sem luz e água.

“Tanto quanto se sabe, nada foi decidido quanto ao reabastecimento de água e luz nas habitações das 35 famílias de imigrantes cabo-verdianos do Bairro de Vila Maria e é lamentável que nenhum representante da paróquia nem da população tenha sido convidado para esta reunião”, disse o padre Constantino Alves, em declarações à Agência ECCLESIA.

Há 28 dias que estas famílias estão sem luz e água depois de lhes terem sido cortadas as ligações ilegais.

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição tem tentado resolver esta questão e no domingo “aprovou em assembleia uma carta assinada por mais de 400 pessoas que foi entregue à Câmara Municipal com um apelo para que se resolvesse esta situação”.

“Há praticamente um mês que estas famílias estão sem eletricidade e luz e a Câmara Municipal, a Companhia das Águas, a EDP e a Segurança Social não dão respostas às pessoas. Quanto à água, o que tem valido às pessoas é a ajuda de alguns familiares que vivem no bairro da Bela Vista”, declarou o sacerdote.

Para mostrar a solidariedade com estas pessoas, a paróquia vai levar a cabo, no próximo domingo, uma via-sacra no próprio Bairro de Vila Maria, revela o padre Constantino Alves.

“As pessoas estão desconfortáveis por nenhuma autoridade local mostrar preocupação em resolver estas questões, há crianças que chegam à noite e têm medo da escuridão em que estão as casas, não se podem guardar alimentos de um dia para o outro, porque se estragam. As pessoas vivem numa tristeza e incompreensão enormes”, lamenta.

Quanto ao inquérito criminal que estas pessoas enfrentam, depois de descobertas as baixadas ilegais de luz e água, o sacerdote afirma que todos “estão dispostos a pagar contratos”.

“Faço um apelo a todos, movimentos sociais, personalidades da cidade, partidos, sindicatos e benfeitores para que manifestem a sua solidariedade com estas pessoas, para que apelem à resolução desta situação junto das entidades próprias”, concluiu o pároco de Nossa Senhora da Conceição.

JCP/MD

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top