Semana Santa: D. Rui Valério evoca «turbulência da guerra» e sofrimento do povo ucraniano (c/fotos)

Diocese das Forças Armadas e de Segurança celebrou Missa Crismal

Lisboa, 13 abr 2022 (Ecclesia) – O bispo da Diocese das Forças Armadas e de Segurança presidiu hoje à Missa Crismal, evocando o sofrimento provocado pela guerra na Ucrânia.

“O Senhor convida-nos, este ano, a revisitar as razões da nossa consagração sacerdotal, bem no meio da turbulência da guerra que um país sem rumo, a Rússia, está a infligir ao inocente povo da Ucrânia”, disse D. Rui Valério, na homilia da celebração, durante a qual os capelães militares renovaram as promessas sacerdotais, na Igreja da Memória, em Lisboa.

O responsável católico apresentou três expressões – “entrou”; “ungido”; “cumpriu-se” – presentes na liturgia da Missa Crismal, considerando que as mesmas definem “muito o ser sacerdote para os dias de hoje”.

Ser sacerdote de Cristo para o mundo implica uma espiritualidade de portas abertas para acolher a quem Deus nos envia. Continuo convencido de que os melhores louvores, as melhores condecorações que o Senhor nos oferece, são as pessoas com quem nos cruzamos no caminho”.

D. Rui Valério incentivou os capelães militares a libertar “espaço” dentro de si, “para receber e deixar entrar os dilemas dos irmãos”.

“Não nos deixemos entorpecer pelos bloqueios de agenda, ou dificuldades logísticas. A santificação das pessoas, dos lugares e das atividades que as nossas comunidades realizam são obra de Cristo”, realçou.

O bispo da Diocese das Forças Armadas e de Segurança salientou que o mundo caminha “sobrecarregado de boas intenções e piedosos propósitos”, mas que, “na maioria das vezes, permanecem inconsequentes, como se tem visto”.

“Estamos, de facto, a assistir, incrédulos, como organizações universais, são impotentes em concretizar os objetivos que estiveram na sua origem e que são a sua razão de ser… É o vazio, a inércia na sua máxima expressão”, advertiu.

O Ordinariato Castrense antecipou a Missa Crismal para permitir que, na Quinta-feira Santa, os sacerdotes participem na mesma celebração nas dioceses onde servem pastoralmente.

D. Rui Valério indicou à Agência ECCLESIa que este é “um momento de louvor e de agradecimento”.

“É para louvar o Senhor pelo dom do sacerdócio, é igualmente para renovarmos as nossas promessas sacerdotais”, explicou.

O bispo da Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança assinalou também que na Missa Crismal têm “presente toda a Igreja”, por isso o significado da bênção dos santos óleos – dos enfermos, dos catecúmenos e o santo óleo do Crisma.

“Quando estamos a ministrar sacramentos, quando estamos a visitar os mais débeis e vulneráveis, como os doentes, os enfermos, e, portanto, é o momento de escancararmos as portas e a grandeza do nosso coração a toda a Igreja. A Missa Crismal não está limitada apenas aos sacerdotes e aos capelães”, detalhou.

CB/OC

Notícia atualizada às 16h00

 

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Agência ECCLESIA

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